<b>AMM realiza diagnóstico econômico em 13 municípios</b>

A Associação Mato-grossense dos Municípios - AMM iniciou este ano um trabalho de produção do diagnóstico econômico e social de 13 municípios de Mato Grosso. O trabalho começou na região Norte através do levantamento das cadeias produtivas de 11 municípios que compõem o Consórcio Vale da Amazônia. A pesquisa está sendo realizada pela Coordenação de Desenvolvimento Econômico da instituição.

Através do diagnóstico foram identificadas as cadeias produtivas que serão trabalhadas pelo consórcio na região. São elas: a bacia leiteira como cadeia principal, já que o grupo de municípios forma a maior bacia leiteira do Estado, com uma produção que chega a 300 mil litros/dia. Como cadeias secundárias foram identificadas a piscicultura, o biodiesel e a fruticultura. De início, os produtores irão trabalhar com as cadeias do caju e maracujá, mas a acerola, o abacaxi e frutas nativas da Amazônia como o açaí e cupuaçu também estão nos planos do consórcio.

“Com o trabalho foi possível identificar também as potencialidades específicas de cada município”, explicou o presidente da AMM, José Aparecido dos Santos. Em Colíder, por exemplo, a potencialidade específica é o couro, na cidade de Guarantã do Norte o artesanato, em Itaúba a castanha do Pará, nos municípios de Marcelândia, Santa Helena e Terra Nova do Norte o guaraná. O açúcar mascavo está presente em Nova Guarita e em Peixoto de Azevedo e Matupá o potencial específico é a piscicultura.

As potencialidades específicas são atividades presentes nas cidades, porém realizadas em pequena escala e sem agregação de valor. “Se essas potencialidades forem fomentadas de forma adequada podem ser transformadas no arranjo produtivo local, o que vai envolver todas as peças participantes desse processo. O arranjo produtivo envolve produtores, passa pelos prestadores de serviço, como borracheiros e costureiras e chega ao industrial tendo como destino final a exportação”, explicou o coordenador do Desenvolvimento Econômico da AMM, Farid Tenório.

Em janeiro a equipe técnica da coordenação deu início, também, aos estudos em Jangada. No município está sendo realizado o diagnóstico das cadeias produtivas e a confecção do perfil sócio-econômico. A coleta de dados é realizada através de reuniões feitas em todas as comunidades do município. Cerca de 710 pequenos produtores estão sendo ouvidos. As comunidades visitadas são: Paredão, Tira Barro, Girassol, Ribeirão das Pedras, Vida Nova, Canoa Furada e Rio Cuiabá.

O diagnóstico realizado pela equipe técnica permitirá que o município atenda as associações de produtores com infra-estrutura e difusão tecnológica. Alguns exemplos são a técnica de colagem, que é aplicação do calcário no solo, o banco de proteínas e a despoupadeira de frutas.

Com o resultado dos estudos a prefeitura poderá firmar parcerias para organizar a produção do município e receber fomentos do ministério do Desenvolvimento Agrário por meio do programa “Território” e do programa “Segurança Alimentar”, do ministério do Desenvolvimento Social.

Nas próximas semanas o trabalho continua em Vila Bela da Santíssima Trindade, onde será coletado material necessário para a produção do diagnóstico da cadeia produtiva. O relatório visa a geração de emprego e renda. O município será visitado por uma equipe de técnicos que ficará em campo durante uma semana. Será aplicado um questionário nas comunidades com objetivo de obter informações sobre a produção e dificuldades locais e a identificação de potencialidades. Após a visita os técnicos retornam para realizar o trabalho de consolidação dos dados que terá como resultado o diagnóstico. A pesquisa servirá de orientação para o plano de trabalho e desenvolvimento econômico com foco nas cadeias produtivas identificadas.