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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 05 de Fevereiro de 2007 às 23:02

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O Brasil enviará à Bolívia mais de um milhão de vacinas contra a febre aftosa para ajudar a combater os focos da doença em uma região fronteiriça e assim diminuir a ameaça sobre o próprio rebanho, informaram hoje fontes empresariais.

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, a chegada das vacinas à Bolívia está prevista para abril como parte das ações do Grupo Interamericano de Erradicação de Febre Aftosa na América (Giefa), que coordena um plano de eliminação da doença no continente.

O presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte e conselheiro do Sindicato, Sebastião Costa Guedes, explicou à imprensa que a remessa estava prevista desde o final do ano passado, portanto antes da confirmação dos focos detectados em 19 bovinos e um porco em Santa Cruz de la Sierra, Quatro Cañadas, Swift Current e Porisaqui.

O rebanho boliviano, de oito milhões de cabeças, equivale a 4% do brasileiro, que com 225 milhões é o principal exportador mundial de carne bovina.

O Giefa, do qual Costa Guedes foi presidente até semana passada, considera que os grupos de criadores bolivianos deveriam se encarregar de aplicar as vacinas.

O vírus encontrado na Bolívia é do tipo O, diferente dos do tipo A e C normalmente encontrados na região do Cone Sul americano, e similar ao localizado em outros territórios amazônicos bolivianos, como Beni e Pando, afirmou.

A doação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura do Brasil, que ano passado enviou outro lote de um milhão de dose.

Com 3.166 quilômetros, a fronteira com a Bolívia é a mais extensa do Brasil com um vizinho sul-americano e se divide por quatro Estados. No total 780 quilômetros correspondem ao Mato Grosso do Sul, onde estão registradas 27 milhões de cabeças de gado.

O Mato Grosso do Sul continua no Pantanal uma campanha para vacinar seu rebanho e que começou na semana passada com a imunização de 5,6 milhões de cabeças com menos de um ano de idade. A segunda fase começará em maio e a terceira em novembro.

Os focos bolivianos estão a 270 quilômetros do território brasileiro, por isso que um plano preventivo foi acelerado com barreiras terrestres no Mato Grosso do Sul e fluviais nos rios do Mato Grosso, Acre e Rondônia.

O plano vai custar cerca de US$ 10 milhões e tem o apoio do Exército e da Polícia Federal.

O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, ameaçou punir quem violar o bloqueio ao gado boliviano.

"Não estamos brincando e todos, indistintamente, terão que cumprir as normas. Vou colocar na prisão quem importar gado e o trouxer para nosso Estado", disse o governador.

Prometeu, além disso, que esta semana aplicará "ações rigorosas" e mobilizará a força policial para garantir as vacinações e "coibir a desobediência".





Fonte: AE

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