Para a ministra Marina Silva, prêmio da ONU é reconhecimento por um trabalho que ainda está no início
Segundo Marina Silva, a premiação é fruto de um trabalho que envolveu 13 ministérios e a contribuição da sociedade brasileira nos últimos anos. “Uma das coisas que eu observei é que as premiações foram feitas para ações que estão em curso. Longe de imaginar que isso aqui já é por um resultado ou por um processo concluído”, destacou ontem (2), em entrevista à Agência Brasil.
Para a ministra, alguns aspectos contribuíram para a redução do desmatamento, como: a realização de três seminários técnico-científicos com participação de setores da sociedade civil, a transformação de ações em políticas públicas, a criação do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real e a elaboração do Plano de Combate ao Desmatamento.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente,o diretor executivo do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, elogiou a ministra pelo seu “extraordinário” trabalho, disse que "a taxa de desmatamento na Amazônia caiu mais de 50% nos últimos dois anos” e destacou o compromisso dos premiados com "um mundo mais justo, igualitário e sustentável".
Segundo o Pnuma, Marina Silva “inaugurou um novo modelo de gestão ambiental no governo federal, incentivando a cooperação entre ministérios e governos estaduais".
Também receberão o prêmio o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore; o príncipe Hassan Bin Talal, da Jordânia; o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge; Cherif Rahmani, da Argélia, pela criação de políticas ambientais; Elisea “Bebet” Gillera Gozun, das Filipinas, pelo trabalho em projetos do Banco Mundial; e Viveka Bohn, da Suécia, pela atuação em negociações multilaterais.
A premiação é concedida desde 2004, em reconhecimento ao trabalho de pessoas que tenham contribuído, regional ou mundialmente, na proteção e gestão sustentável do meio ambiente e recursos naturais.
A cerimônia de premiação está marcada para 19 de abril, em Cingapura.
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