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Nacional
Sábado - 03 de Fevereiro de 2007 às 10:03

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A ex-estudante de Direito Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos e 6 meses de prisão pela participação no assassinato dos pais, foi transferida nesta sexta-feira (2) para a Penitenciária Feminina de Tremembé, a 138 km de São Paulo, no Vale do Paraíba. Ela chegou ao presídio às 16h50, confirmou a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Na mesma cidade, os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, também condenados pela participação no crime, cumprem pena desde julho do ano passado.

O aeromodelista Daniel, que era namorado de Suzane na época do crime, e o irmão Cristian estão detidos na Penitenciária Tremembé II desde o julgamento. Daniel foi condenado à mesma pena de Suzane e Cristian, a 38 anos e seis meses de prisão.

O engenheiro Manfred e a psiquiatra Marísia von Richthofen foram assassinados enquanto dormiam em sua mansão na Rua Zacarias de Góis, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo, na madrugada do dia 31 de outubro de 2002. O casal levou golpes de barras de ferro na cabeça e Marísia ainda foi asfixiada com uma toalha e um saco plástico.

“Em novembro, Suzane manifestou o desejo de ficar perto de São Paulo. Ela queria ficar próxima à família e aos que a acolheram”, disse o advogado Denivaldo Barni, que representa Suzane e foi quem pediu a transferência na Justiça. Em uma carta escrita de próprio punho, ela disse que gostaria de ser transferida para Tremembé.

A Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" tem capacidade para acolher 140 presas, mas abriga 176 mulheres. A penitenciária tem uma ala destinada à visita íntima, caso a presa tenha conseguido o direito ao benefício. Entre as atividades desenvolvidas no presídio estão gincanas, teatro, coral e videokê.

Ameaça de morte

Suzane pediu para deixar o presídio de Ribeirão Preto, a 314 km de São Paulo, por causa de uma suposta ameaça de morte. Na quarta-feira (31), a detenta E.C.O., que teria recebido ordens para matar Suzane, foi transferida de Ribeirão Preto para o Centro de Ressocialização de Rio Claro (a 197 km da capital), onde estava presa anteriormente.

Em depoimento ao Ministério Público Estadual, ela disse que a ordem foi dada quando as duas estavam presas em Rio Claro, em 2006. O MPE não divulgou quem teria dado a ordem para que Suzane fosse assassinada.

Segundo a detenta, ela teria pedido transferência para Ribeirão para fugir da ordem, alegando que queria ficar perto da família. Foi transferida em julho de 2006. Em 2 setembro, Suzane foi para o mesmo presídio, após surgirem acusações de que estaria recebendo tratamento privilegiado em Rio Claro – entre as denúncias que revoltaram outras presas estava a de que Suzane teria tido acesso à internet enquanto esteve presa no local.

As duas detentas não tiveram contato porque Suzane permaneceu na cela de seguro - onde ficam presas ameaçadas de morte ou agressão. No último dia 15, no entanto, a ex-estudante de Direito prestou depoimento no Ministério Público de Ribeirão Preto para reclamar das ameaças que estaria sofrendo na penitenciária local.

Como os demais presídios do estado, a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto opera acima de sua capacidade. Com lotação máxima estipulada em 300 presas, ela abriga atualmente 368.





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