Lula diz que não tem pressa em fazer a reforma ministerial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (2) que não tem pressa em fazer a reforma ministerial, ao negar que dará início à reforma na segunda-feira (05). “Nós temos conversado com os partidos políticos e em algum momento eu vou começar a chamar os partidos e discutir, então, as mudanças que eu tenho que fazer no governo”, disse.

Lula concedeu entrevista antes da cerimônia de inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto Anhumas, em Campinas (SP).

Perguntado se o seu candidato à Presidência da Câmara dos Deputados era o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o presidente negou e disse que como presidente não poderia ter candidato. “Todo mundo sabe da minha relação história com o PCdoB e, sobretudo, da minha relação pessoal com o companheiro Aldo. Todo mundo sabe da minha relação histórica com o Arlindo (Chinaglia). O governo, embora parecesse estar numa situação delicada, na verdade o governo tinha dois candidatos com potencial de ganhar disputando as eleições, e foi o que aconteceu”.

Lula disse que quer uma Câmara e um Senado independentes, ressaltando que é importante que as duas casas tenham a consciência de que é preciso aprovar todas as medidas necessárias para “destravar o país”. “Fazendo isso (votando as medidas) nós não estaremos fazendo um favor ao presidente da República, um favor ao governo, nós estaremos, no fundo, no fundo, fazendo um favor ao Brasil, e fazendo um favor ao povo brasileiro”, disse.

O presidente anunciou que acompanhará de perto as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que a cada 15 dias receberá da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, um relatório sobre o andamento das obras. “Eu pessoalmente vou cuidar disso. O meu problema, nestes quatro anos, é trabalhar, trabalhar e trabalhar, para que a gente possa concretizar todas as obras que nós definimos e que são prioridade para o Brasil”, afirmou.