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Nacional
Segunda - 29 de Janeiro de 2007 às 08:32

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Ao ser engolido pela cratera das obras da Linha 4 do Metrô, o contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, levava no bolso treze papelotes de cocaína, o equivalente a 36 gramas da droga, de acordo com a polícia. Exame definitivo do Instituto de Criminalística comprovou que o pó branco encontrado com o corpo é cocaína.

A substância foi achada pelo Instituto Médico Legal após a retirada do corpo de Cícero do local do acidente na noite da última quinta-feira (25), e enviada ao Instituto de Criminalística, que a submeteu a análise.

A família da vítima se disse indignada com a informação e argumentou que, no momento em que foram retirados os pertences dos bolsos de Cícero, não havia a presença de familiares ou advogados.

Antes da confirmação, policiais da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que investigavam os passos de Cícero antes do acidente para comprovar se seu corpo estaria na cratera já suspeitavam das atividades do contínuo.

"Nós quebramos o sigilo telefônico do celular do Cícero e chegamos a pessoas que confessaram ter comprado cocaína dele algumas vezes", disse o diretor-geral do DHPP, Domingos Paulo Neto. Nas palavras do responsável pelas investigações, a informação não fora divulgada anteriormente porque não ajudaria no inquérito.

No dia da descoberta do corpo, a polícia registrou a presença dos papelotes nos bolsos de Cícero. Após a confirmação, o resultado do laudo foi registrado em Boletim de Ocorrência no 14º Distrito Policial.

Além dos papelotes, foram encontrados com Cícero a quantia de R$ 105 e documentos em uma carteira de couro.

Os filhos da vítima do acidente do Metrô dizem que irão ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa para se informar melhor sobre o caso.

O sobrinho da vítima Eliosipio Agostinho da Silva se disse surpreso com a confirmação da presença da droga no bolso de Cícero. “Estou boquiaberto”, afirmou ele. Eliosipio, que não era um familiar próximo de Cícero, afirmou que também desconhecia que o tio fosse contínuo. “Na época do acidente, eu dizia aos jornalistas que não sabia que ele era contínuo. Eu não conheço ele como contínuo, conheço ele como alguém que faz serviços gerais da parte elétrica e hidráulica.”





Fonte: G1

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