PMDB pode ser a 1° sigla a se rebelar contra o governo Maggi

O PMDB é um partido em ponto de ebulição com o governador Blairo Maggi (sem partido), pois não aceita o tipo de tratamento que vem sendo dado à sigla pelo ocupante do Palácio Paiaguás. Uma das tônicas da reunião do partido foi o fato de ter sido procurado para a disputa das eleições de 2006 e pela definição do nome de Silval Barbosa como candidato a vice-governador, mesmo sabendo que o mesmo teria uma fácil reeleição ao Parlamento Estadual.

Alguns peemedebistas admitem inclusive a debandada do grupo para a oposição ao governo do Estado, mas em princípio o partido vai aguardar ser procurado pelo governo, mesmo já se posicionando publicamente contrário ao “loteamento de cargos” para conquistar o apoio de deputados estaduais e federais. O governador Blairo Maggi deu 10 cargos em comissão para cada detentor de mandato eletivo, os considerados de confiança e demissíveis a qualquer momento por não gerarem vínculo empregatício.

“Oposição pontual ao governo Blairo Maggi a minha posição é de fazer, como acontece em relação ao prefeito de Cuiabá, Wilson Santos [PSDB], mas isto em defesa do que consideramos essencial para a população e para Mato Grosso”, disse Walter Rabello, lembrando que “se o governador não vê importância no PMDB não podemos fazer nada”, explicou o deputado estadual eleito.

Na reunião da Executiva peemedebista não houve duras críticas ao governador Blairo Maggi (sem partido) em que pese o presidente do partido e deputado federal eleito Carlos Bezerra ter ponderado que falta ao chefe do poder Executivo saber fazer política, ser mais acessível, menos técnico e mais político. Se faltaram críticas, sobraram elogios à atuação pessoal do governador como chefe de Estado, mas as críticas se estenderam aos auxiliares diretos.

O equilíbrio entre o Governo do Estado e o PMDB ainda é mantido pelo vice-governador Silval Barbosa, que mesmo preterido na definição do Secretariado de Blairo Maggi tem uma conduta sem críticas e com defesa dos interesses de Mato Grosso.

Outra decisão adotada pela reunião da Executiva do PMDB foi do deputado eleito e que toma posse no próximo dia 1° de fevereiro, Adauto de Freitas, que será o novo líder do PMDB na Assembléia Legislativa.