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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 27 de Janeiro de 2007 às 08:38
Por: João Carlos M. Caldeira

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Nesta semana, o badalado Fórum Econômico Mundial (FEM), que se reúne anualmente em Davos na Suíça, reconheceu pela primeira vez em 36 anos de existência, a necessidade de reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2), como forma de reduzir os efeitos devastadores no clima do planeta.

Cerca de 2400 especialistas em economia, políticos (o presidente Lula inclusive) e a maioria do diretores das maiores empresas do planeta, debateram diversos assuntos econômicos, entre eles o aquecimento global e as alternativas adequadas (na opinião de quem detém a maior parte do PIB mundial) para resolve-los. O fórum de Davos abordou também várias questões da América Latina, como a influência (negativa, claro) de Hugo Chaves e a importância do biocombustível para o mundo.

Palavras dos próprios participantes: ¨ A América Latina é a região do mundo mais bem preparada para produzir biocombustíveis e melhorar seu desenvolvimento econômico¨.

As oportunidades que oferecem o aquecimento global e o aumento da demanda por energias alternativas, assim como os prognósticos de crescimento equilibrado da mão-de-obra na região (frente à superpopulação da Ásia e ao envelhecimento da Europa), também foram temas debatidos no encontro.

No entendimento dos especialistas, a América Latina, o Brasil (e é claro Mato Grosso), contam com grandes extensões de terras agricultáveis e poderiam duplicar a produção de matérias-primas utilizadas para gerar biocombustíveis, sem agredir as reservas naturais e o meio ambiente.

Ricardo Young do Instituo Ethos, um dos brasileiros que participam do evento, lembrou que o Biodiesel, por exemplo, está cada vez mais bem cotado nos mercados mundiais.

O único gargalo que há no desenvolvimento e crescimento do mercado, de acordo com Young, é a educação, que deveria ser enfrentado como o principal obstáculo dos países, principalmente o Brasil.

Mato Grosso, que produzirá neste ano um bilhão de litros de biodiesel, já entendeu que existe uma necessidade mundial de mudança na matriz energética e que a demanda será crescente exponencialmente nos próximos anos.

Nosso estado é uma das regiões mais favoráveis para produção de biocombustíveis, se for avaliado o potencial de matérias-primas existentes, como a mamona, o pinhão manso, girassol e a soja, além da gordura animal (franco, suíno e bovino). O Estado integra os três biomas (Pantanal, Cerrado e Floresta), de onde pode se extrair outras variedades de insumos, como a bocaiúva, o pequi e o babaçu, todos ainda não explorados comercialmente.

Já imaginaram o que será de Mato Grosso, quando os participantes do fórum de Davos descobrirem a importância da bocaiúva e do pequi para mundo?

João Carlos M. Caldeira. Empresário, jornalista e professor universitário. E-mail: joaocmc@terra.com.br 26/1/2007





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