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Politica Brasil
Sexta - 26 de Janeiro de 2007 às 14:24

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira, em seu discurso no Fórum Econômico de Davos, que a Europa e os Estados Unidos façam concessões para tornar possível um acordo comercial na Rodada Doha que gere desenvolvimento na luta contra a pobreza. Lula citou o Brasil como exemplo.

A Rodada Doha pode reduzir ou eliminar barreiras comerciais e permitir que países pobres vendam seus produtos às nações ricas sem muitas taxas.

"Se quisermos enviar um sinal aos países mais pobres de que vão ter uma oportunidade no século 21, os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a Alemanha, os países mais importantes devem assumir a responsabilidade de tornar possível esse acordo", afirmou.

Lula assegurou que a Rodada Doha "pode ser o caminho da esperança para milhões de seres humanos que esperam um gesto nosso", porque "só se pode acabar com a pobreza se os países pobres se desenvolverem".

"A União Européia (UE) e os países ricos devem entender isso; se não, não existirá acordo", advertiu.

O presidente fez as declarações um dia antes da reunião ministerial de quase 30 países da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Davos, na qual tentarão retomar as negociações da Rodada Doha para a liberalização comercial internacional, que foram suspensas em julho.

Dessa forma, Lula cumpriu sua meta de aproveitar sua viagem à estação de esqui suíça para convocar a elite econômica e política, reunida durante quatro dias, a investir nos países pobres para fomentar o crescimento e poder cumprir os Objetivos do Milênio da ONU de reduzir a pobreza à metade em 2015.

Encontro de ministros

O presidente brasileiro deu as declarações um dia antes de uma reunião ministerial de cerca de 30 países da Organização Mundial do Comércio (OMC), que também será realizada em Davos, na qual tentarão retomar as negociações da Rodada Doha para a liberalização comercial internacional, suspensas desde julho.

Lula resumiu as chaves para chegar a um acordo: "Os Estados Unidos têm que reduzir um pouco os subsídios agrícolas, a UE deve facilitar o acesso dos produtos agrícolas dos países mais pobres e nós temos que facilitar a entrada dos serviços. Tudo isso de maneira proporcional".

"O Brasil fará sua parte, fará concessões dentro de suas possibilidades e convencerá o G-20 a fazer o mesmo", disse, em referência ao grupo de países emergentes liderado por Brasília, que pede aos países desenvolvidos o fim dos subsídios agrícolas.

O Brasil é um dos negociadores mais influentes na Rodada Doha, ao lado de Estados Unidos, UE, Índia, Japão e Austrália.





Fonte: AFP

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