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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 25 de Janeiro de 2007 às 03:50

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O embaixador americano em Ottawa, David Wilkins, criticou hoje o Governo do Canadá por sua insistência em solicitar que um cidadão canadense deixe de ser considerado uma ameaça aos Estados Unidos.

Em resposta a declarações do ministro da Segurança Pública canadense, Stockwell Day, sobre a situação de Maher Arar, Wilkins disse que "é um pouco de presunção dele dizer quem os EUA podem ou não permitir que entre no país".

Arar é um canadense de origem síria, detido pelos EUA em 2002, quando o avião em que viajava ao Canadá havia feito uma escala em Nova York. Após permanecer vários dias detido pelas autoridades americanas, foi enviado à Síria, apesar de seus protestos, e torturado durante mais de um ano.

Uma comissão oficial de investigação determinou que a Polícia Montada canadense considerou erradamente que Arar estava ligado a extremistas islâmicos.

Desde então, as autoridades canadenses tentam remover Arar da lista de pessoas que não podem viajar aos EUA. Mas os americanos se negam a atender ao pedido.

Arar processou judicialmente os EUA e está negociando com o Governo canadense uma indenização por sua detenção e tortura.

Na semana passada Day se reuniu em Washington com o secretário de Segurança Nacional, Michael Chertoff. Os dois discutiram os documentos que supostamente consideram Arar uma ameaça aos EUA.

Porém, Chertoff e o secretário de Justiça, Alberto Gonzales, enviaram uma carta a Day afirmando que Arar continua na lista negra.

Day afirmou nesta terça-feira que Arar deveria ser eliminado da lista americana. Wilkins, porém, repetiu que a inclusão na lista de pessoas não autorizadas a entrar nos EUA se baseia em informações reunidas pelas autoridades americanas e pediu respeito pela decisão.

"Os funcionários canadenses nunca aceitariam que um americano dissesse quem eles podem permitir que entre no país. Simplesmente diríamos que respeitamos os funcionários canadenses e suas decisões.

Peço que nos mostrem o mesmo respeito", acrescentou.




Fonte: Agência EFE

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