Disque Denúncia registra aumento de ligações contra exploração sexual de crianças
Coordenado desde 2003 pelo governo federal, o serviço vem tendo aumento na média de ligações desde esse período. Para Cristina Albuquerque, coordenadora do Programa Nacional de Combate à Exploração Sexual, o aumento deve-se ao trabalho de conscientização e mobilização da comunidade e das famílias. Em entrevista ao Programa Repórter Nacional, da TV NBR, Cristina Albuquerque salienta que esse trabalho é feito pelo governo federal juntamente com a sociedade civil.
A coordenadora também ressalta o apoio de empresas privadas e organizações não-governamentais (ONGs) que divulgam o número sem que haja uma articulação efetiva com a coordenação do serviço. “É comum nós encontrarmos brindes e cartazes de outros parceiros divulgando o número 100”, diz Cristina Albuquerque.
Criado em 1997 pela Associação Brasileira Multidisciplinar de Proteção à Criança e ao Adolescente (Abrapia), o Disque-Denúncia foi institucionalizado pelo governo federal em 2003. “Isso aconteceu devido a uma pressão legítima da sociedade civil e desde esse período virou tema prioritário na agenda nacional. E já temos vários resultados contabilizados como o número crescente de denúncias desde 2003”, conta a coordenadora.
Cristina avalia que o problema é mais grave nas regiões Norte e Nordeste, mas lembra que devido à densidade populacional, a Região Sudeste é a que registra os maiores índices. Já no número de denúncias, a região que lidera o ranking é o Distrito Federal. A coordenadora acredita que esse fato ocorre pelo maior nível de conscientização da população e maior divulgação do número.
O serviço está disponível todos os dias, das 8 às 22 horas e a pessoa não precisa se identificar, é garantido o sigilo ao denunciante. O número do Disque-Denúncia é 100.
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