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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 23 de Janeiro de 2007 às 11:34

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Hoje, um júri popular decide se Estevam e Sonia Hernandes, líderes da Igreja Renascer em Cristo, são passíveis de processo criminal nos EUA. No Brasil, o procedimento equivale ao juiz aceitar a denúncia [acusação formal] oferecida pelo Ministério Público.

Amanhã o casal enfrenta a primeira audiência na Justiça norte-americana com a perspectiva de terem de cumprir pena nos Estados Unidos.

Se forem considerados culpados pelas acusações de contrabando de dinheiro e depoimento falso, não poderão ser extraditados para o Brasil.

O pedido da acusação, assinado pelo promotor Alexander Acosta, ao qual a Folha teve acesso, prevê a permanência do casal para cumprimento da pena em território norte-americano e posterior deportação.

Segundo Acosta, a medida é baseada na lei dos Estados Unidos e pode ser aplicada porque Estevam e Sonia têm status de residentes legais, com o chamado "green card".

Os líderes da Renascer, se condenados, poderão pegar até cinco anos de detenção.

Eventual punição pode ser abrandada, por exemplo, se ficar comprovada a origem lícita dos US$ 56.467 que o casal não declarou à alfândega --em território norte-americano, declarou ter menos de US$ 10 mil.

O contrário também vale. Se a acusação apontar indícios de que o dinheiro teve origem em supostos crimes de evasão e de lavagem de dinheiro no Brasil, a juíza Andrea M. Simonton pode elevar a condenação.

A primeira audiência na Justiça, amanhã, deve durar cerca de cinco minutos. Nela, a juíza dirá as acusações e definirá um calendário para o andamento da ação. Será informada ainda do pedido de extradição e da prisão preventiva decretada pela Justiça brasileira.

Por terem menos de cinco anos de residência legal nos Estados Unidos, o casal, que está em liberdade condicional, deve perder o "green card" ao fim da ação judicial. O intervalo é uma espécie de período probatório.

Desde que saíram da prisão, na semana passada, Estevam e Sonia carregam no tornozelo um chip monitorado pela polícia. Eles não podem deixar o condado e todos os dias, até as 17h, precisam voltar para a casa deles, em Boca Ratón, Flórida.





Fonte: Folha de S.Paulo

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