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Economia
Segunda - 22 de Janeiro de 2007 às 16:11

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O dólar encerrou em alta nesta segunda-feira, acompanhando a piora nos mercados externos. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo, não conseguiu empolgar os investidores.

A divisa norte-americana fechou a sessão a 2,137 reais, com avanço de 0,33 por cento.

"O mercado deu essa pequena reviravolta em virtude de Wall Street. Lá fora não ficou muito bom e aqui acompanhou", comentou Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy.

As bolsas de valores norte-americanas recuavam à tarde, com o peso das ações de tecnologia e redução na avaliação da Boeing por uma corretora. A piora do mercado arrastava a Bolsa de Valores de São Paulo para o vermelho.

O risco-país subia levemente, aproximando-se de 190 pontos-básicos sobre os Treasuries.

O governo brasileiro anunciou pela manhã as medidas que compõem o PAC, e disse esperar em torno de 500 bilhões de reais em investimentos, públicos e privados, para fazer a economia crescer de forma mais acelerada.

"O mercado achou que não vai sair do papel... tem algumas coisas que são factíveis, mas a maioria (das medidas) vai ter que ter muita conversa", comentou Vogeler. "É um pontapé inicial e agora é sentar na mesa de negociações."

O economista-chefe da Máxima DTVM, Jason Vieira, reiterou que as medidas para o crescimento são bem-vindas, mas considera que ainda existem dúvidas sobre a implementação.

"Me pergunto de onde vão sair esses recursos... São medidas de curto prazo que eu não vejo muito estímulo ao crescimento", disse Vieira.

Passada a expectativa pelo anúncio do PAC, o mercado volta-se para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com anúncio da decisão sobre o juro básico na quarta-feira.

Segundo Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez, o mercado está mais dividido entre corte de 0,25 e 0,50 ponto percentual. Ele acredita que uma redução maior faz mais sentido com a idéia de impulsionar o crescimento do país.

No fim da tarde, o Banco Central realiza pesquisa de demanda junto ao mercado para possível leilão de swap cambial reverso na terça-feira, com o intuito de rolar um vencimento de 1o de fevereiro.

A autoridade monetária fez leilão de compra de dólares no mercado à vista à tarde, e aceitou seis propostas.





Fonte: Reuters

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