Maggi elogia PAC mas se diz preocupado com 'exigência' de contrapartida financeira pelos Estados

O governador Blairo Maggi elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado agora há pouco pelo presidente Lula e pelos ministros Guido Mantega (Economia) e Dilma Roussef (Casa Civil), mas não escondeu sua preocupação com "a exigência" da contrapartida financeira pelos Estados feita pelo Palácio do Planalto.

"O programa é bom, mas o que me preocupou muito foi a questão da exigência da contrapartida de R$ 8 bilhões pelos Estados para garantir o desembolso dos recursos federais, porque muitos terão dificuldades financeiras", vaticina Maggi, em entrevista para o Olhar Direto.

Bem ao seu estilo sincero, Maggi disse ao Olhar que Mato Grosso não tem como viabilizar as contrapartidas exigidas para os projetos que contemplarão o Estado. "Não sei aonde buscar esses recursos para as contrapartidas", enfatizou o governador mato-grossense.

A preocupação do governador Blairo Maggi é pertinente. O equilíbrio fiscal do Estado é extremamente frágil e, em 2006, a economia estadual simplesmente "cambeleou" com os graves problemas financeiros do agronegócio, principal atividade financeira de Mato Grosso, fato que quase comprometeu as metas e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O PAC, que prevê investimentos da ordem de R$ 503,9 bilhões nos próximos quatro anos, incluindo com apoio da iniciativa privada, contempla Mato Grosso com recursos.nas áreas de estradas (pavimentação de BRs), saneamento e hidrelétricas, além da contrução de um polioduto entre Cuiabá e o porto do Paranaguá, no Paraná.

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