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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 22 de Janeiro de 2007 às 11:48

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A cidade de Nova York pode perder sua atual posição de liderança como centro financeiro mundial nos próximos cinco anos para outros centros com ambiente regulatório e legal mais atrativo, segundo reportagem desta segunda-feira do diário financeiro britânico "Financial Times".

Segundo estudo elaborado pela consultoria americana McKinsey (a pedido do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e do senador pelo Estado de Nova York, Chuck Schumer), a cidade pode perder até 7% de sua participação no mercado financeiro mundial --o equivalente à eliminação de 60 mil empregos na área de negociações de ações.

O estudo da McKinsey foi baseado em entrevistas com 50 executivos-chefes de empresas no setor de serviços financeiros. De acordo com as opiniões ouvidas, Nova York se tornou muito menos atrativa que Londres nos últimos três anos e a tendência é que continue a perder espaço para a City londrina --região que concentra a atividade financeira do Reino Unido.

O emprego no setor de serviços financeiros em Londres teve um aumento de 4,3% nos três anos até 2005, totalizando 318 mil postos de trabalho. No mesmo período, Nova York teve perda de 0,7%, chegando a 328 mil vagas, segundo o estudo.

O estudo mostra também que Nova York vem perdendo espaço para outros mercados não apenas no comércio de ações, mas também no setor de derivativos --Londres, nesse caso, também é o provável candidato a tomar o posto de Nova York, diz o estudo, por ter um ambiente legal e regulatório mais favorável.

O senador Schumer disse ao "FT" que o estudo mostra que Nova York pode perder a liderança mundial "não apenas nos IPOs [sigla em inglês para Oferta Inicial Pública de Ações], mas em todos os serviços financeiros, bem rápido e em breve".

A tendência, no entanto, pode ser revertida, segundo fontes do gabinete do prefeito ouvidas pelo "FT", se as recomendações "bastante realistas" do estudo forem colocadas em prática --entre elas uma direção clara de aplicação da lei Sarbanes-Oxley [que visa coibir crimes fiscais e práticas ilícitas de corporações americanas], a convergência de padrões contábeis e um relaxamento nas restrições de concessão de vistos de entrada no país a profissionais estrangeiros.





Fonte: Folha Online

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