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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 21 de Janeiro de 2007 às 14:39

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Um dia depois da morte de 19 soldados americanos em diversos combates no Iraque, chegam ao país árabe neste domingo 3.200 novos militares dos Estados Unidos, enviados para apoiar o novo plano de segurança de Bagdá elaborado pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Só em janeiro, 31 soldados americanos morreram no Iraque.

Também hoje, uma bomba explodiu em um ônibus no centro de Bagdá, matando seis passageiros e ferindo outros 15, segundo oficiais de segurança. No leste da capital, outra explosão, desta vez de um carro-bomba, matou uma pessoa e deixou outras cinco feridas.

O Exército dos EUA rebaixou hoje de 13 para 12 o número de soldados americanos mortos neste sábado na queda de um helicóptero ao noroeste de Bagdá. Ontem, chegou-se a anunciar inicialmente a morte de 13 americanos, o que teria elevado o número de mortos em janeiro a 32. A forças americanas abriram uma investigação para apurar as causas da queda do helicóptero, um dos mais graves já registrados pelos EUA em quase três anos de combate no Iraque.

Além da queda do helicóptero, neste sábado soldados americanos foram atacados ontem na cidade xiita de Karbala, ao sul de Bagdá, por milicianos que abriram fogo com armas automáticas, granadas e morteiros. Cinco soldados morreram no ataque.

Outros dois militares americanos morreram ontem com a explosão de bombas artesanais no norte de Bagdá e no norte do Iraque. Desde a invasão do país, em março de 2003, os EUA já perderam ao menos 3.044 soldados, de acordo com uma contagem realizada pela agência de notícias France Presse (com base em números do Pentágono).

Os 3.200 soldados adicionais que chegam hoje ao Iraque estarão operativos até o dia 1º de fevereiro, indicaram as forças americanas. As tropas terão a missão de ajudar as forças de segurança iraquianas na "limpeza", controle e segurança dos postos-chave de Bagdá.

Esta é a primeira das cinco brigadas --que somam um total de 17.500 soldados -- que serão enviadas ao país como parte da nova estratégia anunciada em 11 de janeiro por Bush para tentar mudar os rumos da guerra no Iraque.

Casa Branca

O embate entre a Casa Branca e o Congresso dos Estados Unidos --dominado pela primeira vez em 12 anos pelo Partido Democrata-- a respeito da nova estratégia do presidente para a ação americana no Iraque se intensificou neste sábado após a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, acusar o governo de "brincar de política" com as vidas dos soldados.

Pelosi fez as duras acusações contra a Casa Branca no popular programa de TV "Good Morning America" (rede de TV americana ABC). "O presidente sabe que, uma vez que as tropas estejam em perigo, nós [o Congresso] não vamos cortar verba para a guerra", disse a líder.

"É por isso que eles estão se movendo tão rapidamente para colocar os soldados na linha de perigo", completou Pelosi. A resposta do governo foi curta e rápida --a Casa Branca classificou as declarações da líder democrata de "venenosas".

Nesta semana, os EUA aguardam um novo pronunciamento oficial do presidente que deverá incluir uma defesa de sua nova estratégia. O discurso de Bush deverá ser feito na próxima terça-feira (23).





Fonte: Folha Online

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