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Internacional
Domingo - 21 de Janeiro de 2007 às 10:27

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Ogün Samast, o jovem que foi detido na noite deste sábado, 20, sob suspeita de ter assassinado o jornalista armênio Hrant Dink, confessou, no primeiro interrogatório, que cometeu o crime.

A confissão foi anunciada hoje pelo promotor Ahmet Cokcinar, segundo a agência turca Anadolu.

O jovem, de17 anos, foi detido às 23h (hora local) em uma parada de ônibus, quando tentava viajar à cidade turca de Trabzon, onde vive.

A polícia turca havia identificado o suspeito do crime com base em informação fornecida pelo pai do acusado, informou o noticiário do canal NTV.

Dink era editor da publicação semanal bilíngüe Agos, escrita em turco e armênio.

Ele foi baleado em plena luz do dia na sexta-feira, quando saía de seu escritório, em Istambul.

Os jornais criticaram o governo por não proteger Dink, que vinha recebendo ameaças. Disseram que o racismo e o nacionalismo, que estão crescendo com a aproximação das eleições de maio e novembro, são, em última análise, os culpados pela morte.

Dink, de 52 anos, era cristão e descendente de armênios. Ele era freqüentemente criticado pelos nacionalistas turcos, inclusive políticos e promotores, por afirmar que a matança de armênios pelos turcos otomanos, durante a Primeira Guerra Mundial, foi um genocídio.

Os nacionalistas consideram essas afirmações uma ameaça à unidade nacional. O governo da Turquia, predominantemente muçulmano, nega um genocídio, e afirma que tanto armênios cristãos como turcos muçulmanos morreram em grande número na fase final do Império Otomano.





Fonte: AP

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