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Politica Brasil
Sábado - 20 de Janeiro de 2007 às 16:07

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Num ato político concorrido realizado na tarde desta sexta-feira, o prefeito Adilton Sachetti assinou oficialmente sua desfiliação do Partido Popular Socialista. Junto com o prefeito, o partido perdeu cerca de outros 200 filiados – incluindo a maioria dos secretários municipais, empresários, lideranças classistas e o vereador Hélio Pichioni. O grupo ainda não anunciou o destino partidário, mas promete acompanhar o governador Blairo Maggi – que havia deixado o PPS no início do mês.

Segundo Adilton, a decisão de deixar o PPS foi dolorosa e não tem relação com as pessoas que integram a legenda no Estado. Os motivos apontados foram os desentendimentos entre o governador Blairo Maggi e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e também a disposição de se aproximar do presidente Lula.

“Qualquer agrupamento político deve se colocar à serviço da comunidade e temos nos empenhado nesta linha. Infelizmente o PPS hoje é oposição ao Governo Federal e não oferece ao nosso grupo o espaço, a tranqüilidade e a clareza necessárias para continuarmos prestando um bom trabalho a nossa comunidade”, avaliou Adilton.

O prefeito chegou a citar a liberação de recursos federais como exemplos de vantagens proporcionadas ao município através do apoio prestado ao presidente Lula. Segundo ele, a Rondonópolis deverá receber em 2007 cerca de R$ 50 milhões em recursos federais - R$ 22 milhões são de emendas parlamentares e serão liberados nos próximos dias a Fundo Perdido (sem necessidade de reembolso).

“Isso é fruto de gestão política e não representará qualquer vantagem pessoal para o prefeito. Quem ganha é a sociedade, que vai receber obras de infra-estrutura, saneamento, habitação”, afirmou.

Adilton disse que seu grupo deixa a legenda, mas não os companheiros. Ele agradeceu todos os filiados do PPS, elogiou o deputado estadual Percival Muniz (presidente da legenda no Estado), e disse que espera continuar contanto com o apoio dos ex-correligionários.

Sem pressão Coube ao secretário de governo da Prefeitura e ainda presidente do diretório municipal, Ailton das Neves, responder as denúncias de que houve pressão para que filiados deixassem a legenda. As acusações foram feitas pela tesoureira do diretório municipal, Ádria Muniz, que é irmã do deputado Percival Muniz e deverá assumir o comando do PPS daqui para frente.

Ailton das Neves não citou nomes, mas negou de forma enfática qualquer tipo perseguição, pressão ou imposição.

“Jamais partiu do prefeito ou de qualquer membro da executiva do partido qualquer movimento nesse sentido. Não aconteceu e não acontecerá. Temos aqui homens e mulheres livres com consciência e capacidade para decidirem o que querem. Decidimos livremente acompanhar o governador Blairo Maggi porque queremos o melhor para Mato Grosso”, afirmou Ailton das Neves.

Mais baixas Entre os militantes que deixaram o PPS ontem estão o vereador Hélio Pichioni, os secretários Ailton das Neves (Governo), Javert Melo (Educação), Adilon Pinto (Procuradoria), Fábio Cardozo (Saúde) e do ex-candidato a deputado federal Mário do Mototaxi. Também deixaram o partido empresários ligados ao agronegócio como Orlando Polato, Cristhopher Ward e o presidente do Grupo Amaggi, Pedro Jacyr Bongiolo.

A previsão é de que até o fim deste mês o PPS perca outros 500 filiados em Rondonópolis. Somados as baixas registradas ontem, isso representaria uma perda de cerca de 70% da militância que tinha no município antes da ‘crise’.





Fonte: Primeira Hora

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