Exame de DNA confirma morte de líder terrorista nas Filipinas

Jadafi Janjalani, líder do grupo terrorista islâmico Abu Sayyaf, é de fato o homem que foi morto em setembro do ano passado pelo Exército filipino, de acordo com o resultado dos testes de DNA anunciados neste sábado pelo chefe das Forças Armadas das Filipinas, Hermogenes Esperon.

Esperon afirmou que as análises feitas nos Estados Unidos confirmam que o corpo desenterrado na ilha de Jolo, cerca de 980 km ao sul de Manila, é o de Jadafi.

O líder supremo do Abu Sayyaf morreu em 4 de setembro de 2006, num combate com o Exército filipino.

O desaparecimento de Jadafi cria um vácuo na organização terrorista, vinculada à rede da Al Qaeda. Dos cinco membros da cúpula do grupo na época dos atentados de 11 de setembro de 2001, só resta um vivo, Isnilon Hapilon.

Os EUA passaram a colaborar com a luta contra o terrorismo nas Filipinas em 2001, participando de manobras militares conjuntas anuais e outros programas.

Outras mortes

Autoridades filipinas também confirmaram na última quarta-feira (14) a morte de Abu Solaiman, outro dos dos chefes do grupo radical Abu Sayyaf. O líder estava relacionado com o assassinato de dois turistas americanos, além de outros atos terroristas.

Abu Solaiman, cujo nome real era Jainal Antel Sali, havia sido ferido na terça-feira (16) durante um ataque do Exército a um acampamento fortificado do grupo radical.

O confronto aconteceu nas montanhas da ilha de Jolo. As tropas também encontraram o corpo de outro extremista.

Segundo o porta-voz do Comando de Mindanao Ocidental, comandante Eugene Batara, o corpo de Abu Solaiman foi achado durante operações de perseguição do Exército. Após um combate de cerca de duas horas, um grupo de aproximadamente 60 extremistas havia fugido do acampamento.

No campo, fortificado com 17 bunkers, as tropas encontraram também material para a fabricação de explosivos.

Segundo Batara, "os restos de Abu Solaiman se encontram agora no quartel-general da 104ª Brigada do Exército, em Jolo".

O comandante da Abu Sayyaf era um dos terroristas procurados pelos Estados Unidos, acusado do assassinato de dois americanos após o seqüestro de 20 pessoas na ilha filipina de Palawan, em 2001.

Militares e a polícia filipina atribuem também a Abu Solaiman o atentado contra o navio SuperFerry na baía de Manila, que deixou mais de cem passageiros mortos ou desaparecidos.