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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 08:56

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O Brasil vai defender, junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a extensão dos trabalhos da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) até fevereiro de 2008. Desde junho de 2004, o Brasil mantém cerca de 1200 militares no país e participa da coordenação da missão, que, conforme dados atualizados pelo Itamaraty, reúne ao todo 6,7 mil militares e 1,7 mil policiais das Nações Unidas, além de centenas de outros profissionais.

O atual mandato da Minustah expira em 15 de fevereiro, e perto dessa data deve ocorrer a próxima reunião do Conselho de Segurança da ONU para avaliar a renovação. A assessoria de imprensa do Itamaraty confirma que a posição do país será pela renovação do mandato, desta vez de forma estendida – até agora, as renovações eram feitas de seis em seis meses.

Essa extensão por doze meses, em vez de seis, foi recomendada também pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em seu último relatório semestral sobre a situação no Haiti, divulgado em dezembro. Segundo informações da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil vai defender essa mesma posição porque quer mostrar que tem um compromisso de longo prazo com a recuperação econômica e social do país caribenho.

O novo comandante do contingente militar da Minustah, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, em entrevista à Agência Brasil, afirmou que a renovação por um ano favoreceria um melhor planejamento para as ações das forças de paz no país. “É claro que, se for um ano, fica mais fácil de fazer um planejamento. Inclusive é um planejamento que tem que ser cuidadoso”, disse ele.

Ele lembrou que a tarefa de “estabilização” social e econômica do país demanda ações de médio e longo prazo. “Os objetivos aqui, principalmente na minha área, que são os de conter a violência, auxiliar o governo do Haiti e todo o poder estatal, isso é gradativo, as coisas não acontecem da noite para o dia”, disse. “Não é num passe de mágica, por um milagre, de um dia para o outro.”

Para ele, o prazo mais dilatado vai favorecer o trabalho no que tange ao “ambiente social” do país. “São coisas que, a gente tendo um tempo, fica mais razoável, as ações ficam mais compassadas, e eu trabalho dentro de um ambiente social, então a coisa tem que ser gradativa, não pode ser de hoje para amanhã.”

Grupos da sociedade civil internacional, em atividades como o Fórum Social Mundial, ou a recente Cúpula Social pela Integração dos Povos, em Cochabamba, no último mês de dezembro, têm feito manifestações pela retirada das tropas da ONU. A permanência da Minustah, porém, é defendida pelo novo presidente haitiano, René Préval, eleito democraticamente no ano passado.





Fonte: ABr

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