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Economia
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 08:35

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Dono do posto Ponte Nova, Orisvaldo Jacomini, levou um susto quando soube que a Worker Card havia sustado o cheque no valor de R$ 36.405,44 no dia 30 de junho de 2006, referente ao consumo de combustíveis dos servidores municipais de Cuiabá. Ele tentou por vários meses buscar uma solução amigável com a administradora do cartão, como não houve nenhuma esperança de pagamento, entrou na Justiça para buscar seus direitos. "Eles sempre jogam a responsabilidade para a prefeitura".

O calote comprometeu o capital de giro do posto. "Prejudicou a estabilidade financeira da empresa. O problema deve ter sido maior aos pequenos comerciantes". Depois da experiência com o cartão, Jacomini não vai mais arriscar e garante que só fará convênio com cartões de bandeiras nacionalmente conhecidas, como Visa, Mastercard e Credicard.

Proprietário do posto Santa Marta, Humberto Augusto de Moraes, não teve prejuízos porque interrompeu o atendimento do cartão quando os pagamentos começaram a atrasar. "Já chegaram a demorar 30 dias para fazer o repasse". Dentre os cartões e convênios atendidos pelo posto, o único problema foi com a Worker Card.

Outra empresa antiga conveniada com a Worker, o Supermercado Nortão, não tem contas pendentes, mas já tiveram atrasos de 4 meses no repasse do dinheiro, com isso um dos donos do estabelecimento, Vilmar Vilson Vborlski, ameaçou sair da rede conveniada. "Tínhamos 2 cheques, um de R$ 65 mil e outro de R$ 20 mil. Só voltamos a atender quando eles foram compensados".

Apesar da demora para receber, o supermercadista afirma que o convênio com a prefeitura ajudou muito a fomentar a venda. Ele vendia em torno de R$ 50 mil mês com o cartão Worker Card. "É uma pena que eles agiram mal. Como é que a prefeitura abre uma porta dessa para pessoas atuarem dessa forma?", questiona.

A loja de confecções Córpore, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, tem R$ 2 mil a receber por compras realizadas em janeiro e fevereiro de 2006, informa o gerente de vendas, Claudio José.

O contador da Worker Card Administradora de Convênios, Roberi Bueno, nega débitos pendentes com a Córpore. Algumas lojas da cidade vizinha eram credenciadas para atender os servidores municipais residentes em Várzea Grande. Bueno enfatiza que o posto Ponte Nova ingressou com ação na Justiça para receber e terá que aguardar a decisão judicial sobre o processo.(DS)




Fonte: A Gazeta

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