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Internacional
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 04:31

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Um fuzileiro naval dos Estados Unidos admitiu hoje ter matado a tiros um idoso, que tirou de sua casa durante uma operação contra insurgentes no Iraque, em abril do ano passado.

Numa audiência em Camp Pendleton (Califórnia), o cabo Trent Thomas, acusado do assassinato e seqüestro de Hashem Ibrahim Awad, na localidade de Hamdania, afirmou que levou o homem até a beira de uma estrada e depois se retirou para dar a impressão de que tinha descoberto alguém instalando explosivos.

"Atirei várias vezes no corpo de Awad e ele ainda estava vivo quando o sargento Lawrence Hutchins, chefe do pelotão, deu o tiro de misericórdia", disse o cabo na corte marcial, segundo fontes judiciais.

Thomas acrescentou que tinha atuado por ordens de Hutchins.

Antes de Thomas, outros três "marines" e um auxiliar médico tinham se declarado culpados de participação no crime. Os quatro receberam penas de 21 meses de detenção numa prisão militar, depois de aceitar testemunhar contra os outros participantes.

O caso é apenas um de uma série de julgamentos de militares americanos acusados de crimes cometidos contra civis iraquianos.

Pouco antes de Thomas se declarar culpado, o advogado do soldado Paul Cortez anunciou que ele vai confessar o estupro e assassinato de uma menina de 14 anos no Iraque.

Cortez, de 24 anos, admitirá sua culpa também pelo assassinato de três membros da família da jovem, na audiência do próximo mês, disse o advogado William Cassara. A admissão foi negociada e permitirá a seu cliente escapar de uma condenação à morte.

"Nossa versão dos fatos é que ele sabia o que ia acontecer e participou como observador", afirmou o advogado. Ele acrescentou que seu cliente poderá testemunhar contra os outros acusados.

James Barker também admitiu sua participação no mesmo caso, em novembro do ano passado, e foi condenado a 90 anos de confinamento numa prisão militar.

O crime aconteceu em 12 de março de 2006. O assassinato da menina, de seus pais e uma irmã na aldeia de Mahmudiya, 30 quilômetros ao sul de Bagdá, levaram as autoridades iraquianas a rever o status de imunidade das tropas estrangeiras no país.




Fonte: EFE

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