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Repórter News - reporternews.com.br
Tecnologia
Quinta - 18 de Janeiro de 2007 às 06:26

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A comissão européia encomendou um estudo à holandesa UNU-MERIT, da Universidade das Nações Unidas, para investigar o impacto econômico do chamado "FLOSS" (Free/Libre/Open-Source Software) na economia européia. O site The Register relata a constatação dos pesquisadores de que o software open source rende aproximadamente US$ 2,58 bilhões anualmente. Agora, os legisladores deverão corrigir as políticas que implícita ou explicitamente favoreçam o uso do software proprietário.

A tecnologia de código aberto vem ganhando espaço tanto nas empresas do setor público quanto nas do setor privado. Entre os outros dados descobertos está o fato de que o código de softwares Open Source (OSS) equivale à doação de 131 mil dos chamados "person years", o que corresponde à carga horária anual de uma pessoa - na Inglaterra, 2.080 horas de trabalho.

Segundo Rishab Aiyer Ghosh, autor do estudo, só em "person years" a economia européia ganha cerca de US$ 1 bilhão. O restante US$ 1,48 bilhão vem em forma de doação a projetos disponíveis livremente, representando um valor equivalente ao emprego anual de 565 mil desenvolvedores de software.

Para Ghosh, os valores doados para projetos de código aberto deveriam ser tratados como doações de caridade. O relatório também sugere que a educação técnica deve incentivar seus estudantes a participar de comunidades de desenvolvimento open source.

Segundo o site ZDNet, as declarações vão de encontro a afirmações recentes da Microsoft de que era um mito economizar dinheiro com o uso do sistema Linux. O estudo aponta o contrário, evidenciando que se pode economizar na maior parte dos casos em que se adota software aberto.

O relatório também encoraja empresas a testarem a suíte gratuita Open Office, indicando que ela oferece todas as funcionalidades procuradas para a criação de documentos, planilhas e apresentações. "Open Office é gratuito e extremamente estável", afirmou o relatório.

No entanto, o estudo alertou para dois pontos: o primeiro é que em curto prazo a migração para OSS pode representar custos mais altos para as organizações, principalmente pelo investimento inicial do treinamento. O segundo ponto seria que alguns funcionários poderiam se sentir subvalorizados por trabalhar com software gratuito.

O estudo completo da UNU-MERIT pode ser baixado, em PDF, a partir do atalho tinyurl.com/ycgwe9.




Fonte: Magnet

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