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Politica Brasil
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 07:48

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Numa briga intestinal sem precedentes na coligação Mato Grosso Unido e Forte (PPS/PFL), mas que garante sobrevivência política de alguns de seus protagonistas, os suplentes de deputado estadual do PPS, Wagner Ramos e Pedro Satélite, ambos do PPS, ajuizaram recurso no Tribunal Regional Eleitoral pedindo a cassação dos diplomas dos deputados estaduais eleitos Percival Muniz e Roberto França, também integrantes da sigla pepesista.

Em tese, o recurso "seria" apenas contra o ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, que obteve mais deve 41 mil votos no pleito de outubro passado, sendo o campeão de votos da coligação Mato Grosso Mais Forte e Justo. Todavia, o "instrumento jurídico" também atinge em cheio o segundo suplente da aliança, Roberto França, ex-prefeito de Cuiabá. Ambos tiveram seus balanços contábeis rejeitados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a legislação eleitoral, também em tese, não permitiria que eles fossem candidatos.

Mesmo assim, a legislação também abre as suas brechas para recursos postergatórios em outras esferas de poder, o que vem garantido a Muniz e a França uma sobrevida política.Aliás, contando com bons advogados, ambos podem cumprir seus mandatos até o final,pois têm argumentos para derrubarem as decisões-análises do TCE.

O problema é a luta pela sobreviência política. Tanto Percival como França são duas ilustres personagens do conto de novelas que ajudou a eleger o governador Blairo Maggi, hoje navegando em águas tranquilas e colocando sob suas asas quem "segue sua cartilha" política.Percival e França são considerados dois rebeldes pelo grupo interno de Maggi e as defecções seriam até bem vindas, poisa os dois líderes ficariam enfraquecidos.

O Paiaguás teme o instável Percival Muniz, que vem mantendo a coerência do discurso do primeiro governo, assim como tem uma certa paúra de França. Nessa linha de raciocínio, uma decisão favorável aos suplentes seria bem vinda. Vale lembrar, entretanto, que dois líderes desse calibre podem colocar qualquer governador ou quem que que seja contra a parede usando seus instrumentos principais: o discurso, a retórica política e o amplo conhecimento das ações intra e extra governamentais.

Para despespero dos líderes governamentais, os suplentes da mesma coligação, Joaquim Sucena, José Carlos Freitas, cujos mandatos terminam agora em janeiro, e Túlio Fontes, ex-prefeito de Cáceres, também teriam assinado o recurso.

No recurso, os suplentes de Muniz e do suplente França, solicitam que também sejam declarados como primeiro, segundo, terceiro e quarto suplentes, pela ordem, Pedro Satélite, Joaquim Sucena, Túlio Fontes e José Carlos de Freitas (os três últimos do PFL), deixando Wagner Ramos na cara do gol para assumir uma vaga na Assembléia Legislativa, como quer o governador Blairo Maggi, assim como poderá ser mais fácil acomodar o ex-prefeito de Cuiabá, outro compromisso do chefe do Executio Estadual.





Fonte: Olhar Direto

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