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Saúde
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 06:58

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Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostra que 300 mil mortes ocorrem anualmente no Brasil por doenças cardiovasculares, com destaque para as mulheres, que alcançam 141 óbitos por 100 mil habitantes. Em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a ONG Huma lançou uma campanha preventiva dirigida principalmente às mulheres, alertando sobre o risco das doenças cardiovasculares. A iniciativa aproveita a realização da feira de moda Fashion Rio, que acontece até a próxima sexta-feira, no Rio.

O cardiologista Hans Dohmann, membro da entidade e dirigente da organização não governamental Huma, voltada para o desenvolvimento de tecnologia para a área da saúde, disse, nesta terça-feira, que "a pesquisa reflete bem a realidade do país, mostrando que há muito trabalho a ser feito para melhorar os cuidados cardiovasculares da população brasileira".

Dohmann informou que a taxa de mortalidade vem se mantendo estável nos últimos anos, mas o índice de mortes por doenças cardiovasculares entre as mulheres aumentou cerca de seis vezes na década recente. Ele ressaltou que a mortalidade corrigida pelo número de habitantes é maior entre as mulheres em países em desenvolvimento, como o Brasil, do que no primeiro mundo.

O cardiologista observou que a mulher, erroneamente, pensa que sua principal causa de morte é o câncer de mama e outros cânceres quando, na verdade, "a principal causa de morte entre as mulheres são as doenças cardiovasculares".

Levantamento efetuado pelo médico revela que as doenças do coração vitimam no Brasil dez vezes mais mulheres do que os males relacionados ao câncer e à aids.

Hans Dohmann disse que a campanha, que a Huma e o Sistema Firjan querem manter, visa conscientizar a mulher do risco cardiovascular que ela tem. Somente no estado do Rio de Janeiro, o número de mortes de mulheres por doenças cardiovasculares atinge 33 mil por ano. "Os resultados do estado do Rio estão dentro de um padrão nacional", informou o médico do Huma.

Hans Dohmann lembrou que o fumo é um fator de risco para o surgimento das doenças cardíacas também entre as mulheres. Outro fator que favorece esse tipo de doença é o colesterol alto. "O que as mulheres têm que ter consciência é que a doença nelas surge mais tardiamente, mais para a terceira idade. E a importância dela se prevenir desde idades mais jovens é exatamente para não colher esse fruto ruim quando vem o período da menopausa", recomendou.

O cardiologista disse que as recomendações de emagrecer, controlar o diabete, reduzir o colesterol, não fumar, praticar atividades físicas, que dão uma vida saudável ao coração, valem também para as mulheres com igual ou mais intensidade do que para os homens.




Fonte: Agência Brasil

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