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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 13 de Janeiro de 2007 às 13:53

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O Governo do Irã pediu ao iraquiano que "controle as ações ilegais dos Estados Unidos no Iraque", numa referência ao episódio de quinta-feira, quando soldados americanos invadiram o consulado do Irã em Erbil, no norte do país, e prenderam cinco funcionários iranianos.

Em conversa telefônica na noite de sexta-feira com seu colega iraquiano, Hoshyar Zebari, o ministro de Assuntos Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, afirmou que a captura dos diplomatas é ilegal, informa hoje a agência "Fars".

"Este ato contraria as convenções internacionais e demonstra uma clara ingerência (dos EUA) nas relações de irmandade entre Teerã e Bagdá", afirmou Mottaki, que exigiu a libertação imediata dos diplomatas iranianos.

Nesta operação, que não contou com permissão da Administração iraquiana nem do Governo autônomo do Curdistão, cuja capital é Erbil, os soldados americanos levaram documentos e alguns computadores pessoais.

Além disso, deixaram um grande rastro de destruição, segundo as imagens mostradas ontem pela rede de TV iraniana "Alalam".

Para Mottaki, esta ação dos EUA contradiz as pretensões americanas de estabelecer a paz e a segurança no Iraque.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, também disse duvidar da política americana para o Iraque, que continua "dando as costas aos direitos, aos interesses e à soberania da nação iraquiana", disse.

O presidente deu estas declarações em Banjul (Gâmbia), onde seu avião fez escala durante a viagem que faz rumo à América Latina, onde Ahmadinejad visitará Venezuela, Nicarágua e Equador.

"Nós e os demais países independentes nos opusemos desde o princípio às políticas unilaterais e ilegais dos EUA no Iraque e alertamos para seus perigos. O Governo americano poderia ter corrigido o rumo após descobrir seus erros, mas não o fez", disse.

Para Ahmadinejad, o envio de mais soldados ao Iraque só demonstra que os EUA insistem em seus erros, apesar de o próprio Bush ter admitido estes equívocos.





Fonte: AFP

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