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Politica Brasil
Quinta - 11 de Janeiro de 2007 às 07:34

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Depois de conseguir o apoio da bancada do PMDB, aliados do candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) querem agora que o governo determine que a base apóie o petista como única candidatura na eleição para a presidência da Câmara. O grupo argumenta que a maioria dos partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apóia Chinaglia. A pressão irritou o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), que mantém sua candidatura, apesar de cada vez mais enfraquecida.

'Creio que esse movimento indica que meus adversários desejam ganhar uma partida por WO. Não querem um adversário em campo. Querem a volta olímpica sem jogo. Posso assegurar que isso não vai acontecer. Haverá, sim, concorrente em campo no dia 1º de fevereiro e a eleição será disputada no plenário', reagiu Aldo. Ele disse não acreditar que Lula aceite esse tipo de proposta.

'O presidente Lula me conhece há muito tempo e não aceitará qualquer tipo de proposta que tire da eleição o caráter que ela deve ter', afirmou. A decisão do PMDB era tida como a justificativa para que os aliados de Chinaglia cobrassem a retirada do adversário da disputa. Dos 90 deputados da bancada do PMDB, 64 participaram da escolha anteontem e Chinaglia obteve 40 votos na urna e mais 6 declarações enviadas à reunião por escrito. Dos votantes, 11 apoiaram Aldo.

'A pressão não é da campanha de Arlindo, mas do próprio governo e da coalizão. O governo vem insistindo na tese de que a coalizão tem de ter um candidato único. Está evidenciado (com o apoio do PMDB) que Arlindo, na coalizão, tem mais apoio que Aldo. Compete ao que tem menos apoio retirar a candidatura, a partir da tese de que haverá candidato único', argumentou o deputado Odair Cunha (PT-MG).

Para Aldo, a disputa ainda está no início, apesar de seus adversários terem comemorado a decisão do PMDB como fim de partida. 'Respeito a decisão do PMDB, mas quero dizer aos meus adversários que o jogo está apenas no início. Não é sequer o primeiro gol da partida. Os adversários comemoraram o arremesso manual no início do jogo', considerou. Aldo afirmou que continua com os mesmos votos que tinha na bancada peemedebista. Ele contabilizou ainda votos nas diversas bancadas, incluindo a oposição.

Aliado de Aldo, o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), segundo vice-presidente da Câmara, afirmou que a campanha de Chinaglia cometeu um erro estratégico ao insistir que a bancada do PMDB tomasse posição anteontem. Ele avaliou que a votação, que permitiu apoios com envio de fax, mostrou o limite do petista entre os peemedebistas. 'O teto (de Chinaglia) no PMDB é em torno de 45 a 50 votos', contabilizou. Para Nogueira, a insistência do grupo de Chinaglia em forçar uma candidatura única é o temor da disputa no voto.

'Eles sabem da dificuldade de eleger um do PT aqui', afirmou. Nas últimas eleições, o PT foi derrotado quando houve disputa em plenário. Em 2003, João Paulo Cunha (PT-SP) foi eleito sem adversário. Em 2005, os candidatos do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG), foram derrotados por Severino Cavalcanti (PP-PE). Recentemente, o candidato do PT ao cargo de ministro do Tribunal de Contas da União, Paulo Delgado (PT-MG), perdeu a vaga para o pefelista Aroldo Cedraz (BA). 'A candidatura de Arlindo é dos partidos da coalizão e não do PT', contestou Cunha.





Fonte: AE

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