Maggi irá a Sinop tratar de entraves dos setores madeireiro e agrícola

O governador Blairo Maggi, secretários estaduais e deputados vão se reunir em Sinop, no próximo dia 20, com prefeitos, vereadores e dirigentes de sindicatos do setor produtivo para discutirem ações e medidas para fortalecimento econômico da região.

Um dos principais assuntos é mudar o código florestal que ainda insere Sinop na área da amazônia legal, limitando atividades agrícolas e exploração madeireira. O deputado Dilceu Dal Bosco, que articulou o encontro, hoje, com Blairo, confirmou, ao Só Notícias, que esta questão tem preocupado o setor agropecuário e madeireiro - base da economia da região. "Vamos debater se Sinop deve sair da área definida como amazônia legal ou ser feito movimento buscando revisar o código florestal, que ainda limita em 20% a abertura de novas áreas", disse Dilceu.

A pauta da madeira, que serve como base para o governo cobrar o ICMs, sobre a venda de madeira bruta e beneficiada, também será debatida. O governo queria aplicar um reajuste este mês, mas sindicatos de indústrias madeireiras e deputados, além da Fiemt, pressionaram o governo, que recuou e programou para fevereiro o reajuste.

Impasses que permanecem entre ações do Ibama e Sema também serão debatidos com o governador. Desde o ano passado a Secretaria Estadual de Meio Ambiente passou a gerenciar as atividades do setor madeireiro. Porém, ainda há conflito entre determinadas atribuições e os industriais madeireiros estão sendo prejudicados.

O deputado Dilceu Dal Bosco informou que também será discutido com o governador a barreira que Sinop e região enfrentam para exportar gado para o Mercado Comum Europeu. Mesmo livre da aftosa há vários anos, Sinop está em uma área que necessita de cadastramento visando exportar gado para a Europa. Este assunto foi levantado pelo prefeito Nilson Leitão (PSDB), mês passado, durante audiência que teve com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que manifestou apoio a revindicação e buscará fortalecer as cobranças junto ao governo federal e organismos internacionais para que a região Norte cumpra as exigências necessárias e esteja apta para as exportações bovinas para países europeus.