Contagem regressiva para o lançamento dos editais da Câmara e Senado

Dois dos mais aguardados concursos públicos do país estão em contagem regressiva para sair do papel. Senado Federal e Câmara dos Deputados devem divulgar os editais de suas respectivas seleções, nos primeiros meses de 2007. Ainda há tempo para estudar, mas a concorrência dos próximos certames das duas casas deve registrar records. Para se ter idéia da dimensão de ambos os concursos, basta lembrar que há pessoas que estudam exclusivamente para essas provas desde os últimos processos seletivos do parlamento brasileiro, realizados em 2002 e 2003.

Um dos motivos mais atraentes do concurso da Câmara e Senado é o elevado salário. Os vencimentos iniciais em ambas as casas podem chegar a R$ 9 mil. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, um novo plano de carreira dos servidores do órgão irá praticamente equiparar os salários das duas casas. Houve época, não muito distante, em que os vencimentos dos profissionais do Senado chegavam a representar quase o dobro das remunerações da Casa vizinha.

O diretor de um dos principais cursos preparatórios para concursos públicos de Brasília, professor Wilson Granjeiro, credita a expectativa de grande concorrência dos concursos a diversos fatores, como os benefícios financeiros de trabalhar nos órgãos, o ambiente positivo para o trabalho e a estabilidade. “O estímulo maior de se passar em concursos como esses é a segurança que a pessoa vai ter ao longo da vida”, realça.

Granjeiro alerta que há um grande número de profissionais qualificados em todo o Brasil que irão prestar o concurso. Para os interessados em ingressar no Senado ou na Câmara, por meio de seleção pública, ele indica o estudo com o auxílio de especialistas. “É um concurso muito difícil, muito disputado e que, por isso, requer um certo investimento”, considera.

Na opinião do professor, os conteúdos de três matérias específicas são fundamentais para que um candidato tenha sucesso nas provas. Ele enumera o conteúdo de Direito Constitucional, com ênfase no Processo Legislativo; Direito Administrativo, com ênfase na disposição aplicada aos servidores públicos; e Língua Portuguesa, com ênfase na intelecção de textos.

De acordo com Granjeiro, somente após dominar as três matérias, com capacidade, inclusive, para dar aulas sobre o assunto, o candidato deverá iniciar os estudos dos regimentos internos. Ele afirma que os conteúdos programáticos tanto do concurso da Câmara, quanto do Senado, são bastante semelhantes. Por isso, observa que um concurseiro que estuda para o certame da Câmara tem plenas condições de se sair bem nas provas do Senado e vice-versa.

O administrador Paulo Ferreira, 25 anos, é um dos milhares de brasileiros que irão prestar os concursos da Câmara e do Senado. Ele se dedica aos estudos há mais de três anos, sendo que desde o começo de 2006, utiliza seu tempo exclusivamente na preparação para o concurso. “Tive a oportunidade de me dedicar exclusivamente. Então, aproveito meu tempo estudando como se tivesse trabalhando no dia-a-dia”, explica.