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Nacional
Sábado - 06 de Janeiro de 2007 às 10:40

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Brasil e Estados Unidos evitam fazer previsões sobre a conclusão da rodada Doha, que deveria ter terminado em dezembro passado. Na avaliação do ministro das Relações exteriores, Celso Amorim, o importante é voltar à mesa de negociações o quanto antes para garantir a credibilidade do processo multilateral de negociação.

"Não devemos estar subordinados a uma data final. Por outro lado, penso que todos concordamos que temos urgência. Não é tanto uma questão de datas artificiais, mas uma questão de credibilidade do processo", disse Amorim.

Para o ministro, as pessoas podem esperar até certo ponto. "Após determinado tempo, procuraremos por alternativas e concordamos que não há outra alternativa real. Nossa alternativa é o sistema multilateral. Pode haver complementaridades a isto, mas não alternativas".

A chamada rodada do desenvolvimento foi, então, finalmente lançada em 2001, em Doha (Catar) com a ambiciosa missão de estabelecer regras mais justas de comércio que favoreçam países em desenvolvimento, principalmente com a revisão dos subsídios agrícolas oferecidos por países desenvolvidos a seus agricultores e as subvenções pagas como estímulo à exportação.

A nova rodada, que deveria durar 3 anos e foi prorrogada até 2007, estabeleceu uma agenda negociadora muito ampla que não avançou na 5ª Reunião Ministerial em 2003, em Cancún (México). Em julho de 2004, foi aprovado um conjunto de diretrizes e orientações para o prosseguimento das negociações da Rodada Doha nos principais temas da agenda: agricultura, acesso a mercados em bens não-agrícolas (Nama), facilitação de comércio, questões de implementação, tratamento especial e diferenciado e serviços.

O motor da Rodada, no entanto, é a agricultura, pois é nesta área que os países em desenvolvimento apresentam maior potencial de competitividade no mercado mundial. A União Européia, por sua vez, é o maior importador mundial de produtos agrícolas. Os países em desenvolvimento pedem melhores condições de acesso aos mercados internacionais, mediante a redução de tarifas.





Fonte: Agência Brasil

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