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Nacional
Sábado - 06 de Janeiro de 2007 às 10:35

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Brasil e Estados Unidos começaram o ano dispostos a impulsionar as negociações na Organização Mundial do Comércio. Na última quarta-feira (3), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reuniu-se em Nova Iorque com a representante americana de Comércio, Susan Schwab.

"Não nos encontramos para negociar, mas para procurar caminhos que nos permitam avançar. Claro que discutimos os principais aspectos da negociação em agricultura, NAMA [produtos manufaturados] e serviços, mas também falamos sobre o processo negociador e nossas relações com outros países e outros grupos de países, como o G 20", sintetizou Amorim em coletiva à imprensa, após a reunião.

Segundo Amorim, os dois reconheceram que há muito trabalho pela frente, mas reafirmaram o comprometimento dos governos brasileiro e americano com o sucesso da atual rodada de negociações, a Rodada Doha.

"Raras vezes vi tanto envolvimento de chefes de Estado e de governo nesse processo. Acho que isso é um sinal positivo e mostra, claramente, o profundo compromisso com a conclusão da rodada. Claro que isso depende de muita negociação, de negociações duras, mas a determinação está aí", avaliou Amorim.

O chanceler brasileiro destacou que a negociação na OMC é um processo multilateral e, como tal, não pode ser resolvido bilateralmente. Tampouco depende de ações unilaterais. "O Brasil, como membro do G 20, sempre dará ênfase ao fato de que temos que levar em conta os diferentes níveis de desenvolvimento, especialmente no tratamento preferencial. Mas todos estamos conscientes de que o movimento de um não país poderá resolver tudo", afirmou.

Susan Schwab destacou que as negociações não devem se limitar a questões agrícolas. "Concordamos que devemos fazer mais não só em agricultura, mas em produtos industrializados e serviços". A agricultura é considerada o motor da Rodada Doha uma vez que a rodada anterior, a chamada Rodada Uruguai, tratou de regular o comércio de bens manufaturados. Ainda assim, os países desenvolvidos condicionam concessões na área agrícola a uma abertura ainda maior nos setores de manufaturados e serviços.

"Concordamos que todos devemos fazer concessões, estas concessões beneficiarão a todos", enfatizou Amorim. Questionado sobre a disposição dos Estados Unidos para fazer tais concessões, o chanceler brasileiro respondeu: "Sinto uma disposição de discutir e isso é muito positivo".





Fonte: Agência Brasil

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