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Saúde
Terça - 02 de Janeiro de 2007 às 14:52

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Pesquisadores chi

neses identificaram um composto que controla a diabetes em ratos e pode abrir caminho para tratamentos mais toleráveis que os atuais para os tipos mais comuns de diabetes humana, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira.

O composto só foi testado até agora em ratos, mas se for provado que funciona com seres humanos poderá ser convertido em um medicamento que substituiria outros não tão toleráveis, que devem ser injetados diariamente ou inclusive até duas vezes ao dia, disseram os autores do estudo.

"Estamos procurando um laboratório que queira se associar para desenvolver esta linha de pesquisa", disse Ming-Wei Wang, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Drogas da China, e principal autor do estudo.

Pesquisadores do centro identificaram a molécula, Boc5, depois de estudar milhares de substâncias para encontrar alguma que tivesse propriedades similares às dos hormônios intestinais que regulam o nível de glicose, chamados GLP-1.

Esta substância mostrou que normaliza os níveis de glicose em pacientes diabéticos, mas sua eficácia diminui rapidamente com o uso, razão pela qual os laboratórios estão buscando agentes que imitem os efeitos do hormônio, mantendo sua eficácia a longo prazo. Em 2005, os laboratórios Amylin Pharmaceuticals e Eli Lilly começaram a divulgar o primeiro dos chamados medicamentos de "incretina mimética" para diabetes do tipo II em adultos.

O medicamento, chamado Byetta, ajuda os diabéticos a administrar seus níveis de glicose estimulando o pâncreas a produzir insulina depois de uma refeição, assim como a reduzir a taxa de glicose que deixa o estômago, impedindo assim os picos de glicose depois da ingestão de alimentos.

O Byetta também mostrou capacidade de reduzir o apetite e ajuda a perder peso em alguns casos, mas só está disponível em forma injetável, o que pode ser um inconveniente para muitos pacientes. Por isso os laboratórios continuam procurando compostos que atuem como o GLP-1, mas que possam ser administrados de forma oral.

Em exames de laboratório com ratos diabéticos, a Boc5 aumentou a insulinossensibilidade (capacidade de metabolizar glicose), além de reduzir os níveis de colesterol e o apetite, segundo um estudo descrito na revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Depois de um mês tratado com o Boc5, um rato diabético mostrava os mesmos resultados que os ratos normais em testes de regulagem a longo prazo do nível sérico de glicose e, após um mês com altas doses de Boc5, o rato diabético perdeu pelo menos 20% de seu peso.





Fonte: Terra

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