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Politica Brasil
Sexta - 29 de Dezembro de 2006 às 14:14

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O PT e o PFL se uniram no Rio Grande do Sul para tentar impedir a aprovação, em votação hoje na Assembléia Legislativa, do pacote fiscal e de cortes apresentado pelo governo gaúcho a pedido da governadora eleita, Yeda Crusius (PSDB).

Para tentar derrubar o projeto, os 13 deputados estaduais do PT vão se juntar a dois do PFL. Além disso, empresários devem chegar a Porto Alegre de todo o Estado para protestar contra o pacote fiscal.

Mesmo fazendo parte do governo eleito (tem o vice de Yeda, Paulo Afonso Feijó), o PFL fechou questão ontem à tarde contra o pacote, alegando --após uma reunião que durou a tarde inteira-- princípios básicos do partido contra elevação de alíquotas.

Os outros partidos, fora o PSB e o PC do B (que têm apenas um deputado cada um e são contra o pacote), estarão divididos.

Pressão

Durante todo o dia de ontem, foi forte a pressão por parte de empresários e petistas contra o pacote. Aliados de Yeda faziam pressão a favor.

Para a aprovação do projeto, basta metade dos votos mais um. O governo eleito acredita já ter os votos de entre 24 e 25 deputados. Caso os 55 estejam presentes, serão necessários 27 votos.

O voto de minerva, caso seja necessário, seria dado pelo presidente do Legislativo. No caso, ele é Fernando Zachia (PMDB), futuro chefe da Casa Civil no governo de Yeda.

O PFL terá apenas dois votos (José Sperotto e Reginaldo Pujol) porque o também pefelista Marquinho Lang (que renunciou antes de assumir o cargo de secretário da Justiça e Inclusão Social), originariamente suplente, será substituído pelo titular, César Busatto (PPS), que vota a favor do pacote.

Renúncias

O aumento de impostos contido no projeto levou à renúncia de dois secretários que haviam sido escolhidos. Eles alegaram que se sentiram "desconfortáveis" com o projeto.

Presidentes de federações e de sindicatos empresariais e de trabalhadores percorreram os gabinetes dos deputados durante todo o dia de ontem. Para hoje, o objetivo dos empresários é reunir cerca de mil pessoas para acompanhar a votação, que se inicia às 10h.

O presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), Carlos Sperotto, chegou a carregar uma planilha para anotar o posicionamento dos deputados.

De acordo com o presidente da Associação do Ministério Público, Miguel Bandeira Pereira, se aprovado, o projeto pode ser contestado na Justiça.

O presidente da Federasul (Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul), José Paulo Cairoli, diz que chegarão do interior dezenas de ônibus com representantes das ACIs (Associações do Comércio e da Indústria). Haverá buttons e cartazes com a inscrição ''Chega de imposto".





Fonte: Folha Online

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