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Nacional
Quarta - 27 de Dezembro de 2006 às 07:53

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O PSDB vai virar o ano no vermelho e quem está sob pressão é o presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati (CE). Não bastasse a derrota do candidato tucano Geraldo Alckmin no segundo turno da corrida presidencial e o fracasso de seus correligionários no Ceará, Tasso teve de amargar críticas de companheiros da direção do partido. Agora, enfrenta uma legião de credores cobrando uma dívida partidária de quase R$ 16 milhões.

O PSDB arrecadou R$ 62 milhões para bancar as despesas da candidatura de Alckmin, enquanto os gastos somaram R$ 81,9 milhões. Restou uma dívida de R$ 19,9 milhões, mas, segundo um dos membros do comitê financeiro da campanha que prefere não se identificar, desde a eleição o partido conseguiu saldar R$ 4 milhões desses débitos.

O representante do comitê financeiro acrescenta que a situação pessoal de Tasso perante os credores do partido é difícil porque todos sabem que o senador é um empresário bem-sucedido e dispõe de recursos. Além disso, depois das mudanças na legislação eleitoral para moralizar e baixar os custos das campanhas, os partidos tiveram de trabalhar com contabilidade única para evitar o caixa 2. Com a regra, coibiu-se parte da tradicional prática de obter recursos de doadores que não queriam se identificar.

O tucano ligado a Tasso explicou que, em tempos passados, 70% das despesas corriam no caixa 2 e, como ninguém operava com registro contábil, ficava difícil cobrar as dívidas dos derrotados depois da eleição.

Despesas

As maiores despesas da campanha presidencial de Alckmin foram com a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, que custaram R$ 15,7 milhões, seguida da publicidade por materiais impressos, que consumiu outros R$ 10,7 milhões. Os outros dois itens mais caros, que constam da prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral, foram os eventos de promoção da candidatura (R$ 6,8 milhões) e as despesas com transporte ou deslocamento, em um total de R$ 4,8 milhões.

O marqueteiro Luiz Gonzales, responsável pela publicidade da campanha de Alckmin, já recebeu quase tudo o que cobrou. O principal da dívida é com fornecedores e prestadores de serviços. A maior parte deles são as gráficas responsáveis pela propaganda impressa e as agências de viagens.

A campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também deixou uma dívida a ser saldada pelo PT. Os R$ 10,3 milhões de débitos foram transferidos do comitê financeiro da campanha para o partido do presidente - foram gastos R$ 104 milhões e arrecadados R$ 94 milhões. Segundo o prefeito de Diadema, José Filippi Jr., que administrou as finanças eleitorais, a meta é cobrir todo o rombo por meio de doações que empresas estariam fazendo até o fim do mês.





Fonte: AE

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