<b>Carlos Brito será o Secretário de Justiça e Segurança Pública</b>

Nem Casa Civil e muito menos a Educação. O destino do deputado estadual Carlos Brito (PDT) que não conseguiu se reeleger para a Assembléia Legislativa apesar de ter conquistado quase 31 mil votos será a Secretaria de Justiça e Segurança Pública no lugar de Célio Wilson, que em virtude de uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público proibindo que membros do MP exerçam cargos no executivo, optou em retornar a seu cargo de origem onde ganha R$ 17 mil contra R$ 10,5 mil como secretário.

O anunciou oficial de que o advogado Carlos Britto será o novo secretário de Justiça e Segurança Pública ainda não foi feito pelo governador Blairo Maggi que promete para até o final desta semana divulgar todo o secretariado para seu segundo mandato, mas a decisão foi tomada na manhã desta terça-feira depois que o governador conversou com o ainda secretário Célio Wilson que lhe confirmou a decisão de deixar o governo e após um encontro com o PSB que rejeitou a possibilidade do deputado federal eleito Valtenir Pereira assumir a pasta.

Carlos Brito foi o primeiro deputado estadual, em 2002 a ir até Rondonópolis convencer o então produtor de soja e algodão Blairo Maggi a disputar a eleição para o governo do Estado em substituição a Roberto França que havia desistido da disputa. Foi um político importante na aglutinação de forças em torno do novo candidato e em sua eleição para o Palácio Paiaguás. Em 2003, mesmo reeleito para mais um mandato na Assembléia Legislativa aceitou o convite para assumir a Casa Civil onde ficou por um ano fazendo a articulação entre o Governo do Estado e a Assembléia Legislativa. Retornou a AL por iniciativa própria, onde dizia que seria mais importante para o governo e foi sempre uma das principais lideranças de Maggi na casa.

No início de 2006 resolveu deixar o PPS para ingressar no PDT. No novo partido foi fundamental para uma aliança com o governador. Acreditava que se elegeria para um terceiro mandato na Assembléia Legislativa. Conseguiu quase 31 mil votos, sendo o terceiro candidato com mais votos em Cuiabá. Mas por estar em um partido pequeno sofreu com o coeficiente eleitoral que acabou lhe tirando uma das 21 vagas para compor o próximo legislativo.

A partir daí, sempre fiel ao estilo de governar Blairo Maggi recebeu a notícia que faria parte do staff no segundo mandato. Chegou a ser cogitado para assumir a Secretaria de Educação, descartado pelo governador que optou para a pasta em colocar Luiz Antônio Pagot. Depois chegou a ser cogitado para retornar à Casa Civil. Deixou a decisão por conta do governador que nesta terça-feira por não poder mais contar com Célio Wilson designou o cargo para Carlos Brito, que como advogado conhece bem o setor e poderá dar continuidade ao trabalho para colocar fim a violência no Estado.