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Nacional
Segunda - 18 de Dezembro de 2006 às 16:58

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Com medo de ficar presos nos aeroportos por causa da crise aérea, brasileiros já estão mudando sua opção de transporte. Muitos já resolveram encarar as estradas em vez dos aeroportos e devem causar picos históricos de movimento nos terminais de ônibus e nas rodovias federais e estaduais. De acordo com o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hélio Cardoso Derenne, o temor de um aumento significativo no movimento nas estradas realmente existe e operações especiais devem ser montadas para monitorar o tráfego.

"O ministro (da Justiça, Marcio Thomaz Bastos) considerou positiva a iniciativa da parte da PRF de se precaver com o aumento. E acenou, sim, com a possibilidade de destinar recurso extra para a PRF para operações especiais", declarou Derenne.

Mesmo que essa ajuda extra não seja efetivada, segundo o diretor-geral da PRF, deve ser montado um esquema com equipes de plantão, caso o "caos" dos aeroportos se transfira para as estradas. "Independentemente dos recursos, já trabalhamos com a idéia de ter equipes de prontidão para atuar, caso haja alguma crise nos aeroportos que reflita um aumento no volume de tráfego nas rodovias federais", informou. De acordo com um funcionário da Polícia Rodoviária Federal, no fim de ano o fluxo de veículos nas rodovias aumenta 35%. Em 2006, deverá ultrapassar essa marca, passando de 40%.

Ônibus

As empresas de ônibus também já trabalham com a hipótese de absorção de passageiros do sistema aéreo. De acordo com a Socicam, empresa que administra grandes terminais rodoviários de passageiros de algumas das maiores cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, as companhias de ônibus já estão pedindo carros extras e as passagens para alguns horários e dias se esgotam rapidamente. Na capital paulista, onde a Socicam administra os Terminais Tietê, Barra Funda e Jabaquara, a procura é maior pelas linhas que tem como destino Curitiba (PR) e, principalmente, as cidades do Nordeste, em que o aumento chegou a atingir 13%. Para o Rio também existe um crescimento, dentro da média dos últimos anos.

De acordo com o gerente de Operações da empresa em São Paulo, Antonino Alibrando, a estimativa de aumento geral é de 10% na quantidade de passageiros em 2006. "Devemos ter 127.600 partidas a mais de ônibus em função do Natal e Ano Novo, fechando com 1,403 milhão de passageiros para este ano. O ano passado teve 1,276 milhão de passageiros", informou, referindo-se ao número projetado para o último mês de 2006. "Estamos tendo um crescimento um pouco maior do que normalmente ocorre no mês de dezembro. Principalmente na última semana, a gente tem observado que houve migração dos aeroportos para as rodoviárias", acrescentou.

Também em relação aos dias que antecedem o Natal, Alibrando espera um pico de 2.100 a 2.150 partidas dia 22. Ressaltou, entretanto, que o recorde, de 2.850 partidas num único dia, em 1992, não deve ser batido. "Orientamos que os passageiros procurem passagem com antecedência, porque, depois, vão ficar sujeitos a horários remanescentes. A idéia de procurar antes é de ele ter uma opção de escolha maior, para não ter que se sujeitar a um horário que não seja o mais agradável", aconselhou.





Fonte: AE

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