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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sábado - 09 de Dezembro de 2006 às 11:38

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Consumidores continuam sofrendo com atrasos e cancelamentos de vôos nessa época de crise do setor aéreo. "Por medo de não conseguirem viajar ou acabar perdendo dias e dias do período de férias nos aeroportos, muitas pessoas que viajariam de avião no final deste ano estão optando por trajetos mais curtos, onde se possa chegar de carro", afirma o presidenta da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Eraldo da Cruz.

Segundo ele, caso o problema permaneça, a rede hoteleira do País deve encerrar o ano com perdas de até 30% do faturamento.

"Por enquanto as perdas estão em 20%. Mas eu acredito que a situação vai ser revertida", afirmou Cruz, esperançoso. Essa expectativa se baseia em experiência própria. Durante entrevista concedida à InfoMoney, Cruz esperava a decolagem de seu vôo, que deveria se dar com uma hora e meia de atraso.

"Apesar dessa demora, que pode ser considerada normal, o aeroporto (Guarulhos, em São Paulo) não está em caos", relatou.

Segundo ele, caso essa possibilidade não se torne realidade, o Estado do Nordeste é o que mais sofrerá com as perdas de público. "Para se ter uma idéia, as pessoas estão indo para o litoral Sul, Norte. O que é ruim para alguns acaba sendo positivo para outros", ponderou, acrescentando, no entanto, que, esse benefício não chega a compensar as possíveis perdas do setor.

Na avaliação de Cruz, se houver uma regularização esta semana e dezembro não apresente problemas, como prometido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ao deverão ser lançadas promoções afim de chamar a atenção dos clientes desistentes.

"Não é nem justo. Muitos hotéis esperam para faturar no final do ano", explicou. Segundo o presidente da Abih, esses espaços que tem caráter sazonal, muitas vezes chegam a acumular mais da metade do rendimento anual durante o período de alto verão - dezembro janeiro e fevereiro.

"Mas de uma maneira geral, o setor arrecada, no mínimo, 20% do total anual nesse período", adicionou.

Além do setor hoteleiro, agentes de viagem também devem faturar menos caso a tendência da crise nos aeroportos se mantenha. Apesar de não possuírem dados específicos sobre o assunto, por meio de nota, a Associação dos Agentes de Viagem (Abav) informou sua preocupação.

"Todos os setores da economia dependem da atividade aérea. Mas aqueles ligados diretamente ao turismo sofrem ainda mais, pois simplesmente ficam sem poder receber seus clientes, que ficam desestruturados ao não conseguir alcançar seus destinos. As perdas para o setor do turismo serão em milhões de reais, principalmente na alta temporada."





Fonte: 24HorasNews

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