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Saúde
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 14:00

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em conjunto com a prefeitura de Cáceres (250 quilômetros, a Sudoeste de Cuiabá) está dando reforço nas medidas de combate e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Esta parceria em Cáceres se dá pelo fato do município pertencer a região de fronteira o que o torna mais vulnerável à doença, além da facilidade proporcionada pelo fluxo migratório de pessoas doentes, o que pode trazer a chegada de um novo vírus.

O Estado de Mato Grosso tem se preocupado em fazer a barreira imunológica nos municípios de fronteira, além de proporcionar a eles o monitoramento das ações de rotina como visita domiciliar feita pelos agentes comunitários de saúde do próprio município, remoção de criadouros nas residências. Outra medida adotada é a utilização do UBV (Ultra Baixo Volume), mais conhecido como “fumacê”, que é aplicado dentro das normas operacionais da Vigilancia Sanitária e sob a orientação da Secretaria de Estado de Saúde.

No caso de Cáceres, de acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Oberdan Ferreira Coutinho Lara, o uso do UBV está sendo utilizado na eliminação dos mosquitos adultos e é justificado pelos números apresentados. Até 16 de novembro, o município havia notificado 135 casos de dengue dos quais 67 foram confirmados. Oberdan explica que “para combater o vetor adulto serão realizados cinco ciclos de aplicação do UBV. Ou seja, durante cinco semanas será feita a nebulização em todos os bairros de Cáceres. O objetivo é diminuir a densidade vetorial e acabar com a cadeia de transmissão da doença”. Com a aplicação do inseticida espera-se, num curto espaço de tempo, diminuir a incidência do vetor.

Todas as ações realizadas em Cáceres estão sendo desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde tanto nas ações diretas como as visitas domiciliares, limpeza urbana, ações educativas e a intensificação de ações de saúde. Nos casos da aplicação do UBV a ação é compartilhada com o Estado.

No Estado de Mato Grosso, até outubro de 2006, foram notificados 11.212 casos de dengue e confirmados 10.639 sendo que, até o momento, foram confirmados seis casos de dengue hemorrágica no Estado.

SAIBA MAIS - No combate ao mosquito da dengue os inseticidas são aplicados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adultos. Já o combate às larvas é feito com larvicidas, que o agente de saúde ambiental coloca em depósitos não removíveis, que guardam água limpa e parada, e que não podem ser limpos pela população, como, por exemplo, as caixas d’água. “Pedimos à população que, quando o fumacê estiver passando, abra as portas e janelas para que a efetividade do produto seja maior uma vez que o inseto mantém hábitos diurnos”, disse.

Oberdan Lira destacou ainda a importância de manter as atividades de mobilização da sociedade e de remoção de criadouros nas residências, terrenos baldios ou qualquer outro local que possa contribuir para a proliferação do Aedes. “A chuva e o calor apresentam condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti. Por isso, o combate a dengue exige um trabalho conjunto. Mesmo com a ação dos municípios, do Estado e do Ministério da Saúde, a participação da população é indispensável na eliminação dos locais com água limpa que servem como criadouro do mosquito”, alertou.

O mosquito transmissor da dengue se reproduz em qualquer lugar que acumule água limpa como caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro e vasos de plantas. Os sintomas mais comuns da doença são: febre, dores pelo corpo e dor de cabeça. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor abdominal intensa e contínua, além de vômitos persistentes, podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa.





Fonte: Da Assessoria

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