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Saúde
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 13:26

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No reforço da prevenção e no combate a tuberculose no Estado de Mato Grosso a Secretaria de Estado da Saúde (Ses) está promovendo, entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro, no Hotel Mato Grosso Palace, em Cuiabá, uma capacitação voltada aos profissionais de saúde no acompanhamento das ações do programa de controle da doença. O evento visa chamar a atenção dos médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos e auxiliares de enfermagem quanto aos aspectos importantes da doença, sua transmissão, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. “Essas capacitações vêm ao encontro das necessidades de controle para que o Estado se coloque próximo da realidade regional de cada município objetivando detectar problemas e apresentar soluções cabíveis”, esclareceu a técnica da Coordenadoria da Vigilância Epidemiológica da Ses, Tânia Cecília Trevisan. A capacitação acontece em período integral.

“Na busca sempre ativa da sensibilização e da orientação correta dos técnicos sobre a importância dos repasses das informações, identificação dos sintomas, implantação, monitoramento e acompanhamento, enfocamos nesses encontros a necessidade de atividades preventivas, metas e estratégias para que os gestores possam prosseguir os trabalhos e alcançar os resultados preconizados pelo Ministério da Saúde”, completou a técnica da vigilância.

Dentre os temas abordados no evento estão as palestras sobre Situação Atual da Tuberculose no Brasil e no Estado, Aspectos Primordiais da Tuberculose, Tratamento, Ingestão de medicamentos, Tipos de pacientes, Buscas de sintomas, Diagnósticos e Tipos de Exames.

Na abertura do evento, a médica do ambulatório do Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade (Cermac), Margaret Dióz, explicou sobre as diversas formas de tratamento e da importância da ingestão dos medicamentos. “Descobrir uma fonte de infecção, ou seja, diagnosticar um paciente com tuberculose, não é o suficiente se não for instituído o tratamento medicamentoso. Os fornecimentos dos remédios têm que ser de forma ininterrupta e gratuita, com um tratamento supervisionado para o alcance de 100% da cura”, explicou a médica do Cermac.

Margaret Dióz ressaltou ainda que a associação medicamentosa adequada, doses corretas, uso por tempo suficiente, com supervisão da tomada dos medicamentos são os meios para evitar a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência às drogas, assegurando assim a cura do paciente.

O tratamento da tuberculose envolve a ingestão diária de medicamentos prescritos nas unidades básicas de Saúde por um período de seis meses no programa tendo como estratégia utilizada o Tratamento Supervisionado. O maior inimigo do tratamento é o abandono por parte do paciente. Atualmente Mato Grosso tem o percentual de 7 a 8,5 pacientes que abandonam o tratamento. A meta da Secretaria de Saúde é ficar abaixo de 5% de abandono.

Paradoxalmente, é a rápida ação do medicamento que provoca, muitas vezes, o abandono do tratamento. Em quinze dias o doente se recupera e a tosse desaparece. Achando que já estão curados, muitos param de tomar os remédios. Aí o sintoma reaparece e o paciente volta a procurar o médico. Quando esse processo se repete por mais uma vez o doente se torna multirresistente ao medicamento prejudicando cada vez mais a cura.

Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm a disposição ainda os serviços disponibilizados pelo Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), que é referência estadual para pacientes com tuberculose e hanseníase que apresentam intercorrência medicamentosa, reações hansenícas, necessitam de diagnósticos mais complexos ou de cirurgias reabilitadoras e o atendimento para os casos de multiresistência às drogas utilizadas para o tratamento da tuberculose multi resistente.

Foram registrados em Mato Grosso, no ano passado, 991 casos novos da tuberculose em todas as formas pulmonares positivos e negativos e extra pulmonar. Em 2006 já são 745 casos da doença. O índice de cura é de 75,3%. “Mato Grosso trabalha para atingir um índice de 85% de cura e menos de 5% de abandono conforme foi pactuado com o Ministério da Saúde”, informou a técnica da Saúde, Tânia Cecília Trevisan.





Fonte: Da Assessoria

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