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Economia
Segunda - 27 de Novembro de 2006 às 09:23

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São Paulo - Esta semana promete ser uma das mais agitadas do ano para o mercado financeiro. A agenda de eventos e de indicadores está carregada no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, os destaques são a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa amanhã e termina quarta-feira, e o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre, na quinta-feira. Nos EUA, há diversos dados relevantes sobre o mercado imobiliário, a primeira revisão do PIB do 3º trimestre (quarta) e as encomendas de bens duráveis relativas a outubro (terça).

A maior parte dos analistas acredita que o Banco Central (BC) reduzirá a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,25% ao ano. Uma pesquisa realizada pela Agência Estado mostra que 40 entre 51 profissionais aposta numa queda dessa magnitude. O restante crê num corte mais modesto, de 0,25 ponto.

"É provável que a ata dessa reunião traga um tom mais conservador, em que o mercado já será preparado para cortes menores, de 0,25 ponto, a partir de janeiro", observou Sandra Utsumi, economista-chefe do BES Investimentos. Ela está no time dos acreditam numa redução de 0,50 ponto na reunião desta semana. Julio César Calegari, economista do banco JP Morgan, também.

No que se refere ao PIB do 3º trimestre, Sandra projeta uma expansão de 3% em relação ao mesmo período de 2005. Calegari está um pouco mais otimista e estima um crescimento de 3,4% na mesma comparação.

Nos EUA, saem dados do mercado imobiliário na terça (vendas de imóveis usados em outubro) e quarta (vendas de casas novas também em outubro). "A avaliação do JP Morgan é de que há uma forte retração do setor, mas, de outro lado, a confiança do consumidor e o consumo tendem a se manter sólidos", afirmou. "Por isso, o banco acredita que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) terá de subir o juro em meados do ano que vem." A estimativa do JP Morgan é de que a taxa básica de juros americana encerre 2007 em 6% ao ano (o que representaria uma elevação de 0,75 ponto porcentual em relação ao nível de hoje).

Outro indicador importante da semana é a primeira revisão do PIB dos EUA do 3º trimestre, na quarta-feira. Na estimativa anterior, o crescimento foi de 1,6%. Agora, a projeção mais freqüente dos analistas é de uma expansão de 1,8%.

Nesse cenário, a tendência para os principais mercados é indefinida. O de juros deve oscilar conforme o Copom. A Bolsa de Valores de São Paulo dependerá do fluxo de estrangeiros e o dólar não deve registrar grande volatilidade.





Fonte: Agência de Notícias

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