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Nacional
Quarta - 15 de Novembro de 2006 às 23:04

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No primeiro dia de aquartelamento dos militares que trabalham no controle de tráfego aéreo de Brasília, 40 profissionais dormiram na sede do Centro de Controle Aéreo (Cindacta 1). Esse foi o grupo reserva escalado nas primeiras 24 horas para ficar disponível no centro, com o objetivo de evitar falta de pessoal no monitoramento de vôos do País. Além desse grupo, outros 30 controladores, que já integravam a escala de plantão original, trabalharam hoje. Nesta primeira noite da convocação, o novo comandante do Cindacta 1, coronel-aviador Carlos Aquino, dormiu no alojamento com os demais militares.

A Aeronáutica não quis se manifestar oficialmente sobre as condições de trabalho dos controladores e apenas repetiu o que já havia declarado em nota oficial ontem que "toda a legislação referente à jornada de trabalho e períodos de descanso continuará sendo cumprida normalmente." Extra-oficialmente, fontes da Força Aérea Brasileira (FAB) informaram que apesar da ordem de convocação ter sido dirigida aos 220 controladores de vôo, não haveria condições físicas de todos ficarem à disposição dentro do Cindacta 1.

A convocação foi feita ontem e, depois que todos chegaram, a escala de serviço dos próximos dias foi toda refeita de forma a manter sempre um grupo reserva disponível no local por 24 h. Antes da decisão de confinamento dos militares, as escalas de serviço obedeciam a regra de para cada dois dias trabalhados havia um dia de folga. Após definida a nova escala, alguns foram dispensados. Todos, porém, já haviam sido orientados a levar consigo artigos pessoais de higiene e limpeza, roupas de cama e de banho. O Cindacta fica localizado num bairro nobre da capital federal, o Lago Sul, dentro da área do Comando Aéreo Regional (Comar) onde há alojamentos e um refeitório para atender os militares.

Oficiais ainda explicaram que o revezamento entre os controladores de plantão tem que ser feito dentro das características de cada setor de controle aéreo específico. Por exemplo, entre Brasília e São Paulo existe um setor que é diferente do setor de controle entre Brasília e Nordeste. Os profissionais treinados para um determinado setor sabem de cor as freqüências de rádio utilizadas e cada ponto das aerovias e, por isso, não podem ser escalados para outro setor no qual não foram treinados.

A convocação dos controladores não tem prazo para terminar e foi a mesma estratégia adotada no último dia 2 de novembro, feriado de Dia de Finados, quando houve muito tumulto e confusão nos aeroportos do País por causa dos atrasos nos vôos. A preocupação do governo federal é não ver se repetirem essas cenas nesses dias em que, além do feriado de Proclamação da República, há também o feriado municipal, em São Paulo e Rio, do dia da Consciência Negra, no próximo dia 20.





Fonte: AE

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