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Saúde
Quarta - 15 de Novembro de 2006 às 10:19

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A anorexia nervosa, provável causa da morte da modelo paulista Ana Carolina Reston, de 21 anos, está entre os problemas psiquiátricos mais letais. Estimativas feitas no ano passado por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), a partir de um conjunto de 925 pacientes, indicam que 10% dos doentes morrem de problemas de saúde decorrentes do problema.

O distúrbio afeta principalmente mulheres jovens dos países ocidentais. Tal como pacientes com desnutrição extrema, os anoréxicos sofrem complicações em vários sistemas de organismo, ocasionados pela alimentação em quantidade e qualidade insuficientes. As mulheres parecem ter mais gordura corporal para "queimar" durante o jejum que os homens, mas a alimentação deficiente em períodos prolongados afeta em primeiro lugar os músculos (que também passam a ser "queimados" pelo organismo na tentativa de sobreviver).

Todo o sistema hormonal é afetado - é comum, por exemplo, que as mulheres parem de menstruar. Órgãos de "manutenção" do organismo, como os rins, podem sofrer panes -- caso de Ana Carolina --, e o sistema imune (de defesa) do corpo também entra em baixa. Também são comuns alterações cardíacas e, em alguns casos, na estrutura do cérebro.

As causas da anorexia nervosa ainda são motivo de debate entre os especialistas. Parece haver um componente genético -- pessoas muito próximas geneticamente, como gêmeos idênticos, teoricamente teriam chances parecidas de desenvolver ou não o distúrbio. Há indícios de que a pessoa anoréxica não seja capaz de avaliar de forma objetiva a própria forma física, sempre se achando muito mais gorda do que na realidade.

O diagnóstico envolve a verificação dessa característica e a presença de um índice de massa corporal (IMC, resultado do peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros) considerado patológico. Segundo critérios da Organização Mundial da Saúde, alguém com IMC abaixo de 17,5 já pode ser considerado anoréxico. Para se ter uma idéia, o IMC de Ana Carolina ao morrer era de 13,5 -- ou seja, para não ser encaixada na definição, ela teria de pesar pelo menos 52 kg, e não 40 kg.





Fonte: G1

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