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Politica Brasil
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 15:41

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O Plano Municipal de Gestão dos Resíduos Sólidos e Volumosos foi apresentado hoje (08) pela manhã, pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá, Levi Pires de Andrade, aos deputados estaduais e amplamente elogiado.

Pedindo apoio para a efetiva implantação do projeto, por meio de emendas parlamentares, o secretário conseguiu a garantia de que os recursos serão destinados caso o governador do Estado, Blairo Maggi (PPS), libere a apresentação de emendas ao Orçamento Geral do Estado de 2007.

O Plano apresentado pelo secretário tem como principal objetivo dar uma destinação programada aos resíduos da construção civil e aos resíduos volumosos, como geladeiras velhas. Para isso, a prefeitura prevê a criação de 24 ecopontos na cidade, que serão os locais onde deverão ser depositados os resíduos de pequeno porte, como os que sobram de reformas. É justamente para a implantação destes ecopontos, que custam cerca de R$ 80 mil cada, que o secretário pede apoio aos deputados estaduais, uma vez que são de responsabilidade do poder público.

Os resíduos de grande porte, da construção civil, terão outro destino. Eles deverão ser depositados em usinas que serão responsáveis pela reciclagem de todo o material. O projeto de Gestão dos Resíduos Sólidos prevê a implantação de duas usinas destas na capital, por meio de processo licitatório, já que este serviço será de responsabilidade da iniciativa privada.

Presidente da Comissão Meio Ambiente da Assembléia, o deputado Sérgio Ricardo (PPS) elogiou o projeto, lembrando que esta é a primeira vez que a população e as construtoras vão ter alternativa de onde depositarem os resíduos. “Pela primeira vez um projeto vai colaborar para a destinação destes resíduos em Cuiabá. Hoje, eles são depositados nos 20 córregos de nossa cidade e levados para os rios Cuiabá e Coxipó, acabando no Pantanal”.

O parlamentar aconselhou ainda que a Prefeitura de Várzea Grande pense na implantação de um projeto semelhante, como forma de proteger os seis córregos do município que, segundo o parlamentar, viraram esgoto e condução dos resíduos sólidos.

Membro da Comissão de Meio Ambiente, o deputado Ságuas Moraes também garantiu apoio ao projeto, caso possa apresentar emendas ao OGE. O parlamentar ressaltou que, desde 1982, quando cursou a faculdade de Medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá não teve trabalho consolidado em relação aos resíduos sólidos. “Esta questão é grave em Cuiabá e tem que haver uma medida urgente. A idéia do município é muito boa e vamos pleitear, junto ao governador, que libere os deputados para apresentarem emendas ao Orçamento”.

O deputado Humberto Bosaipo (PFL), que também participou da reunião com o secretário Levi, destaca que a medida é fundamental para aumentar a defesa ao meio ambiente. “Principalmente em Cuiabá, onde os resíduos sólidos são jogados nas ruas, rios, portas de escolas e empresas”, destacou, garantindo também seu apoio.

Dos 24 ecopontos que a prefeitura pretende instalar apenas um está em funcionamento hoje. Ele está localizado no CPA III, mas a previsão da prefeitura municipal é que até o final do ano outros três sejam implantados em pontos estratégicos. Segundo o secretário de Meio Ambiente, o Ministério Público, por meio de compensações ambientais, já garantiu à prefeitura cinco ecopontos e três estão assegurados pelo próprio Executivo municipal.

O secretário destacou, durante a apresentação do projeto, que Cuiabá produz, diariamente, 1.179 toneladas de resíduos sólidos. Destes, apenas 1/3 é coletado. Os outros 2/3, que são referentes a restos de demolição, da construção civil, podas de árvores e jardins, vão parar em terrenos baldios e áreas não licenciadas pelo município.

A capital tem hoje 95 depósitos irregulares de lixo e seis lixões considerados agressivos (bota foras). Com a falta de um local para o depósito destes resíduos sólidos, a prefeitura gasta, por ano, R$ 2,5 milhões com a limpeza destas áreas onde os resíduos não poderiam ser depositados. O custo da correção é o triplo do custo da coleta.





Fonte: 24HorasNews

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