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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 05 de Novembro de 2006 às 19:08

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O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, apoiaram hoje o papel de mediador do rei Juan Carlos da Espanha no conflito que existe entre os dois países devido à polêmica construção das fábricas de celulose em território uruguaio.

Na entrevista coletiva ao término da XVI Cúpula Ibero-Americana, o presidente uruguaio disse que apoiou a idéia "desde o momento em que se disse que o presidente da Argentina propunha que o rei da Espanha deveria atuar como mediador" na crise.

Segundo Vázquez, "o Uruguai está buscando, como sempre, uma solução para este conflito, além de querer o respeito dos direitos que o Uruguai considera ter".

Já o chanceler argentino disse acreditar, após o encerramento da cúpula de Montevidéu, que o papel de Juan Carlos será positivo tanto para a Argentina quanto para o Uruguai. "Confiamos em que o rei contribuirá para que consigamos uma solução satisfatória para todos", disse.

O papel de mediador do rei da Espanha foi anunciado no sábado, após Juan Carlos ter se reunido com o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, que ficou menos de 24 horas em Montevidéu.

O conflito prejudica há dois anos as relações entre os dois países. Ele começou quando surgiu a intenção de se construir duas fábricas de celulose - uma espanhola e outra finlandesa - nas margens do rio Uruguai.

Para Taiana, o conflito "não é algo simples de ser solucionado".

"Se fosse simples, já teríamos resolvido tudo sozinhos", afirmou.

Devido ao conflito, moradores da cidade argentina de Gualeguaychú vêm bloqueando há meses as pontes que ligam os dois países. Com o início da Cúpula Ibero-Americana, o bloqueio se tornou mais rigoroso.

O presidente Kirchner foi um dos últimos a chegar na sexta-feira ao Uruguai e não conseguiu assistir à abertura da cúpula. Kirchner retornou a Buenos Aires no sábado, sem sequer ter trocado uma palavra com o anfitrião Tabaré Vázquez.

O Governo argentino considera que as fábricas de celulose uruguaias provocarão um grave dano ao meio ambiente da região, o que é categoricamente negado pelo Uruguai.





Fonte: EFE

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