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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 03 de Novembro de 2006 às 15:40

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Técnicos de 189 países estarão reunidos na próxima semana em Nairóbi, no Quênia, para discutir a adoção de medidas efetivas que garantam a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

A proposta brasileira de "reduções compensadas para o desmatamento" será levada pelo secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, à Conferência das Partes sobre Clima (COP 12), patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Essa proposta ainda não está fechada, mas o objetivo é criar mecanismo de compensação financeira que sirva de estímulo contra os desmatamentos e queimadas, principalmente na região da Amazônia. A delegação brasileira vai debater com os demais países como viabilizar recursos para essa finalidade, uma vez que o dinheiro internacional destinado a conter as mudanças climáticas não pode ser desviado, como explica a consultora técnica da organização não-governamental WWF-Brasil, Karen Suassuna.

Segundo ela, a saída é os países desenvolvidos injetarem mais dinheiro na criação de um fundo específico, para o cumprimento do Protocolo de Quioto Pós-2012. "E o Brasil tem forte interesse em encontrar soluções para isso, uma vez que somos o quarto país no ranking mundial das nações que mais liberam gases para o superaquecimento do planeta, por causa da queima de madeira nos desmatamentos", afirma.

A secretária-geral da WWF, Denise Hamú, acrescenta que o superaquecimento vai gerar problemas sérios para todos os países, com mais secas, furacões e outros desastres naturais provocados pelas mudanças climáticas. O problema tem que ser contido agora, segundo ela, e "o Brasil pode dar o exemplo ao diminuir as emissões oriundas do desmatamento", que responde por cerca de 75% das emissões de gases do país.

Denise Hamú diz que os prejuízos econômicos serão grandes, porque haverá necessidade de investimentos pesados para adaptação às mudanças climáticas. E Karen Suassuna alerta: "Os países em desenvolvimento, como o Brasil, serão os mais prejudicados, uma vez que não terão recursos financeiros suficientes para essa adaptação".





Fonte: Agência Brasil

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