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Internacional
Terça - 31 de Outubro de 2006 às 23:02

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O candidato à Presidência do Equador, Rafael Correa, afirmou na terça-feira que o país não irá declarar uma moratória da dívida externa, mas disse que é preciso uma renegociação das condições dos bônus em circulação para minimizar os custos do serviço dos débitos.

"Neste momento, a situação do país não exige, mas cuidado, vá e veja as necessidades insatisfeitas que há no país. Cuidado para não se deixar levar por indicadores macroeconômicos mentirosos", disse Correa em entrevista à Reuters.

"Iremos para uma renegociação do acordo de 2000 que foi tremendamente prejudicial para o país", acrescentou o candidato, que concorre com o magnata do cultivo da banana e líder das pesquisas de intenções de voto, Álvaro Noboa, no próximo dia 26 de novembro, em busca de se tornar o novo presidente do quinto produtor de petróleo da América do Sul.

Correa referiu-se especificamente aos bônus Global 2012 e 2030, que reúnem um capital conjunto 3,21 bilhões de dólares e pagam cupons anuais de 10 por cento. Essa parcela da dívida equivalia a 31,2 por cento do endividamento externo total do Equador em agosto.

Os dois títulos surgiram em 2000, a partir de um acordo do Equador com credores, após declarar uma moratória unilateral por compromissos originais de 6,5 bilhões de dólares. A dívida diminuiu para 3,95 bilhões de dólares.

TELEFONIA MÓVEL

Correa também advertiu que um eventual governo seu revisará os contratos das multinacionais de telefonia móvel que operam no país para obrigá-las a melhorar os serviços e reduzir tarifas.

Os alvos de Correa são a Movistar, filial do grupo espanhol Telefónica, e a Porta, da mexicana América Móvil . Os contratos de concessão das duas empresas terminam em 2008 e, por isso, discutem com o presidente Alfredo Palacio a extensão por mais 15 anos.

"Haverá uma revisão (dos contratos) e haverá de se criar uma lei antimonopólio para sanar corrupções nos mercados oligopolistas como o de telefonia celular."

A posição de Correa sinalizou seu desconhecimento sobre os avanços nos diálogos das companhias com Palacio.

Movistar e Porta detêm 96,2 por cento dos 7,8 milhões de usuários do mercado celular no país. As duas companhias têm um teto tarifário de 0,50 dólar por minuto, um dos mais altos da América Latina, apesar de prosseguir o boom das vendas de ambas as empresas.





Fonte: Terra

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