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Politica Brasil
Domingo - 29 de Outubro de 2006 às 16:11

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Com a vitória anunciada pelos institutos de pesquisa e possibilidades de terminar o dia com mais de 20 milhões de votos de vantagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sequer esperou o fechamento das urnas neste domingo para falar como reeleito em nome da união nacional.

O presidente deixou claro que pretende conversar com todos os partidos políticos - da situação e da oposição -, além dos governadores eleitos, assim que for confirmada sua vitória.

"Vamos costurar todas as alianças necessárias para que a gente tenha tranquilidade e possa aprovar os grandes projetos que o país precisa", disse o presidente, depois de votar em uma escola pública em São Bernardo do Campo, seu berço político.

Apesar da disposição do presidente, a construção de um diálogo com o PSDB -principal adversário político dos petistas - não será fácil, já que os tucanos dão mostras de que vão insistir nas cobranças sobre os supostos "erros" do primeiro mandato do petista.

Todo o processo eleitoral foi permeado pela repercussão das denúncias de corrupção que atingiram de frente o chefe do Executivo - em 2005, a crise do mensalão, e nas vésperas desta eleição, o caso do dossiê.

Apesar da clara vantagem de Lula nas pesquisas, Alckmin disse pela manhã que ainda acreditava nos eleitores brasileiros, que poderiam "corrigir" os erros do atual quadro político do País. "Estamos confiantes... o que vai valer hoje é o voto da urna, o voto que vai corrigir o que está errado", disse o tucano, logo após votar em um colégio na zona sul da capital paulista.

No primeiro turno das eleições, o presidente Lula recebeu 48,61% dos votos válidos (que excluem nulos e brancos), enquanto Alckmin ficou com 41,64%. Para vencer, é preciso obter 50% mais um voto. Essa é a quinta disputa direta para presidente desde a redemocratização do País em 1985 e a segunda vez que, sob a regra da reeleição, um presidente poderá ser mantido no cargo, agora para o período 2007-2010.

Na primeira disputa com regras mais rígidas para o controle de gastos com campanhas, os dois principais adversários comunicaram ao TSE que vão gastar até 210 milhões de reais - Lula com R$ 115 milhões e Alckmin com R$ 95 milhões.

Em dez Estados, a disputa pelo governo também será decidida neste domingo (RS, PR, SC, GO, MA, PA, PB, PE, RJ, RN). Até sábado, o TSE havia aprovado o envio de tropas federais para reforçar a segurança das eleições em 124 municípios.

O presidente do Tribunal, Marco Aurélio Mello, disse esperar ter a totalização dos votos concluída antes da meia-noite deste domingo.





Fonte: Reuters

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