Um militar morto em ataque tâmil, quando começa diálogo de paz

Um soldado morreu hoje e outros três ficaram feridos no norte do Sri Lanka em dois ataques atribuídos aos Tigres para a libertação da Pátria Tâmil (LTTE), no mesmo dia em que o Governo e a guerrilha retomaram as conversas de paz em Genebra, informaram fontes militares.

O soldado morreu no distrito nordeste de Batticaloa ao receber vários disparos de supostos rebeldes quando se encontrava de guarda em um posto de controle, indicaram as fontes.

Além disso, outros três militares do Exército cingalês ficaram feridos na explosão de uma mina quando o veículo que ocupavam passava pela área de Vavuniya, também no norte, assinalou a Polícia desse distrito.

Estes ataques coincidiram com o início das esperadas conversas de paz entre representantes do Governo e da guerrilha tâmil, que se reuniram hoje em Genebra para buscar uma saída para o conflito vivido no país.

Uma delegação do Governo liderada pelo ministro da Saúde cingalês, Siripala da Silva, e outra da guerrilha pelo chefe político do LTTE, S.P. Thamilchelvan, sentaram-se à mesa de negociações na Suíça.

O próprio da Silva advertiu, antes de iniciar o diálogo, que seria difícil e "ninguém deve esperar que a solução chegue em um ou dois dias" Esta é a segunda reunião em Genebra entre ambas as partes, após não ter chegado a nenhum lugar o diálogo de fevereiro.

O Sri Lanka vive teoricamente um cessar-fogo assinado em 2002, mas ambas as partes têm violado o acordo nos últimos meses de forma sistemática.

O LTTE lutou durante 20 anos por um Estado independente no norte e sul do país, em resposta às reivindicações da etnia tâmil (18% da população) frente a maioria cingalesa, que tomou o poder político e militar após a independência do Sri Lanka.