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Meio Ambiente
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 01:31

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A Amazônia brasileira perdeu entre setembro de 2005 e agosto de 2006 cerca de 13.100 quilômetros quadrados de cobertura vegetal, área 30% menor que a devastada entre setembro de 2004 e agosto de 2005, informou hoje o Governo.

Os números, ainda preliminares, foram divulgados durante um ato especial no Palácio do Planalto e foram destacados pelo presidente Lula, que os atribui ao sucesso de sua política de combate ao desmatamento.

O Governo brasileiro já tinha conseguido diminuir a destruição da floresta amazônica em 31% entre 2004 e 2005 em comparação ao período compreendido entre 2003 e 2004.

Caso estes dados sejam confirmados, a devastação em 2006 será a segunda menor desde 1988, quando a destruição da floresta Amazônica começou a ser monitorada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O desmatamento entre 2005 e 2006 ficará acima apenas do realizado entre 1990 e 1991, quando se aproximou dos 11.000 quilômetros quadrados, e será menos da metade do registrado entre 1994 e 1995, quando foi de cerca de 29.000 quilômetros quadrados.

No discurso que pronunciou na cerimônia, Lula criticou os países desenvolvidos por tentarem impor uma política ambiental ao Brasil.

"Eles têm pouco a nos dar conselho sobre cuidar do meio ambiente, pois só foram descobrir que era necessário cuidar quando desmataram todo o seu território", disse o presidente.

Além disso, ele afirmou que os países desenvolvidos não aceitam "muitos dos protocolos internacionais, assinados para preservar o meio ambiente e diminuir a poluição emitida pelos países ricos".

Segundo Lula, o seu Governo provou que é possível combinar políticas ambientais com desenvolvimento e que se pode preservar a Amazônia e também levar empresas pouco poluentes para a região, além de gerar emprego e renda para a população.

O chamado Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia foi criado em 2004 e conta com a participação de 14 ministérios. Seu objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e combater os crimes ambientais.

A redução da devastação foi obtida graças a projetos como o que aumentou de 30 milhões para 49,2 milhões de hectares a área ambiental da Amazônia, que conta com proteção direta do Governo brasileiro.

Além disso, o Brasil criou novas unidades de conservação, que já somam cerca de 19 milhões de hectares, e homologou a criação de novas reservas indígenas na região com 9,3 milhões de hectares.

Já a luta contra os crimes ecológicos levou, nos últimos quatro anos, à prisão de 379 pessoas, à apreensão de 814.000 metros quadrados de madeira retirada ilegalmente, de 471 tratores, de 171 caminhões e de 643 motosserras.

A área devastada na Amazônia no último ano foi calculado de acordo com dados preliminares, pois o Brasil pretende apresentá-la na Conferência das Partes do Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Nairóbi (Quênia) no início de novembro.

De acordo com o Inpe, o cálculo tem uma margem de erro de 10% e só poderá ser verificado no final do ano, quando forem analisadas todas as imagens de satélite disponíveis.




Fonte: Agência EFE

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