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Comando incendeia ônibus um ano depois das revoltas na periferia de Paris
Nesta quinta, uma dúzia de homens encapuzados, cinco deles com armas, atacaram um ônibus, mandaram que os passageiros descessem e incendiaram o veículo em Bagnolet (Seine-Saint-Denis, periferia de Paris), disse à AFP a empresa RATP, encarregada do transporte de metrô e ônibus de Paris e arredores.
Poucas horas antes, um ônibus havia sido incendiado em Nanterre, também na periferia de Paris, depois que seus passageiros foram forçados a descer. Vários incidentes tiveram lugar em Essonne, ao sul de Paris, ilustrando a tensão que impera em muitos bairros onde reina a pobreza e a exclusão.
Nesta sexta-feira, completa-se o primeiro aniversário da morte de dois adolescentes nos subúrbios de Paris, episódio que provocou uma onda de violência em outubro e novembro de 2005, que teve saldo de mais de 10.000 veículos incendiados e ataques contra edifícios públicos.
Outro ônibus foi incendiado no domingo no bairro na localidade de Grigny (Essonne), sem vítimas.
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, ressaltou nesta quinta-feira à imprensa que seu governo não tolerará a desordem nos bairros periféricos de Paris.
"Não toleraremos em nosso país uma região onde não impere o estado de direito. Desejamos que as mesmas regras e oportunidades estejam presentes em todo nosso território", assegurou.
Há algumas semanas foi mobilizado um grande dispositivo de segurança nas regiões sensíveis por medo que a violência exploda novamente.
Um relatório confidencial dos serviços de inteligência vazado para a imprensa nesta semana estima que "a maioria dos fatores que provocaram há um ano a explosão de violência em parte do território metropolitano segue presente".
As três semanas de violência que abalaram os subúrbios de Paris no ano passado deixaram um saldo de mais de 9.000 carros queimados e dezenas de prédios públicos e sedes de empresas parcial ou totalmente destruídos, com perdas calculadas em 160 milhões euros (1 euro: 1,2 dólar).
Esses subúrbios são habitados em grande medida por imigrantes ou seus descendentes, e a taxa de desemprego pode chegar a 40% entre os jovens, o que dá uma idéia da discriminação existente. O conflito deixou expostas para a comunidade internacional as grandes deficiências que a França sofre em termos de integração social.
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